17/07/2010

Apendicite

Então, como dizem os americanos, shit happens. No meu caso antes cedo do que tarde.

Passei mal na madrugada de quarta para quinta-feira. Dor aguda na parte inferior direita do adbomen. Fui dormir, não sentia fome e passei o dia inteiro morgado esperando pra ver se a febre aparecia. E veio. E eu fui pro hospital.

Uma série de exames que incluíram tomografia computadorizada revelaram que era apendicite mesmo. Logo no iníciozinho, por isso não senti muita dor. Na quinta-feira de noite mesmo entrei na faca. Quero dizer, na videolaparoscopia.

O mais bizarro da recuperação são os pontos. Isso sim é que está doendo. Não posso fazer esforço, não posso fazer quase nada na verdade e ainda estou tomando um antibiótico caro. Pra piorar, esse lance de não fazer esforço? Vai exatamente até o fim das minhas férias. Quaisquer planos que eu poderia ter feito, foram por água abaixo.

O lado bom? Acabei de driblar a natureza. Aparentemente 7% das pessoas no mundo inteiro eventualmente em algum ponto de suas vidas desenvolvem apendicite. Sem tratamento, 99,9% destas pessoas morreriam.

Hoje em dia é raro alguém morrer de apendicite, mesmo que ela chegue a um estágio agudo, você opera, fica de molho e está bom. A minha matei logo no início, mas é interessante ver que a natureza tentou me matar e eu consegui me esquivar da sua mão tenebrosa graças à medicina.

O placar? Bart 1 x 0 Lady Death. Mas infelizmente este é um jogo que não tenho como ganhar.

Um comentário:

Clara Edwiges disse...

E depois fala que eu sou mórbida...