29/12/2009

O fim de mais uma década

Então chegamos a mais uma data significativa, o fim de uma década. Minha terceira década, para ser mais preciso e a década na qual vivi praticamente toda minha vida adulta.

Nasci no fim dos anos 70, obviamente não vi nada daquela época. Mas minha infância foi toda passada nos anos 80, quando eu achava que usar blasers com mangas levantadas como os atores de Miami Vice era provavelmente a roupa mais chique que um homem poderia vestir.

De repente vieram os anos 90 e com eles a adolescência. Sempre ouvi rock, mas ele era simplesmente isso, rock. Foi então que aprendi a rotular e ser rotulado. Grunge, punk, metal, metaleiro ou nerd. Estudei numa escola junto com uma grande massa de pessoas odiosas, mas hoje em dia a maioria delas vivem vidas medíocres, ao contrário do que posso falar sobre eu mesmo.

E de repente, pow. Veio o ano 2000, o novo milênio. "Fim do mundo" alguns diziam, hoje podemos ter certeza de que estavam errados. Nos últimos dez anos aconteceram coisas bastante peculiares na minha vida, dentre as mais relevantes o fato de que abandonei uma faculdade que odiava, fui expulso de casa (com motivos bastante justos), encontrei uma carreira que realmente gosto, perdi um avô muito querido e me tornei uma pessoa independente. O motivo mais relevante de todos merece uma frase separada: encontrei o amor da minha vida e casei com ela.

Neste novo fim dos tempos, neste novo marco, do término dos anos "00", comecei a reavaliar algumas coisas que mudaram bastante em mim. Para início de conversa, estou mais cínico. Não consigo me envolver com a mesma paixão em toda e qualquer discussão, quando vejo alguém falando besteira normalmente nem me dou ao trabalho de argumentar, simplesmente deixo a idiotia passar batida, às vezes com uma simpática anuência pálida, a qual normalmente não significa nada.

Uma coisa muito interessante é que quanto mais velho fico, mais antigo fica meu gosto musical também. Eu só tenho ouvido "velharias" como Secos e Molhados, Grand Funk Railroad, Blue Öyster Cult, Iron Butterfly, Blue Cheer, Grateful Dead. Enquanto alguns de meus amigos sempre conhecem todas as bandas novas dos subgêneros mais cabulosos do metal (coisas quase poéticas como bandas de "splatter-death-grindcore-swedish-stoner-metal"), me contento com o rock dos clássicos, com as guitarras eternas de Iommi, Page, Blackmore e companhia.

Também passei a dar mais valor às amizades, priorizando qualidade em detrimento de quantidade. Creio que isto seja normal, apesar de que alguns amigos e amigas com os quais eu realmente gostaria de ter mantido contato por uma série de motivos aleatórios estão um pouco distantes. Adicionalmente entendi o valor que a família tem para uma pessoa, tanto nos bons como nos maus momentos. Estas são as pessoas que sempre estarão ao seu lado, independente do que aconteça, evite criar mágoas duradouras com sua família, seja ela pequena, grande ou na medida certa.

Resumindo este desabafo, desejo sinceramente que todos tenham uma ótima década pela frente, com um número reduzido de esteriótipos, rótulos, mazelas e uma quantidade generosamente maior de amor, carinho e felicidade.

E claro, não poderia esquecer: muito sexo.

2 comentários:

Clara Edwiges disse...

That's my babe ;.)
E olha que coincideência, eu também conheci o amor da minha vida e casei com ele xD

Te amo, por inteiro, sem tirar uma vírgula ;.******

Cecilia Rodrigues disse...

ooooow que fofo!
Vocês dois formam um casal lindo!
Sério mesmo!
Bartê, te conheço há muito tempo e sempre me admiro da pessoa legal que você é.

O papo é sempre
"Você conhece o Bart?"
"Claro"
"Gente fina, né?"
"Finéssima"

Que em 2010 tenhamos mais encontros, ok?