tag:blogger.com,1999:blog-84967742024-03-05T03:46:46.539-03:00Bart RabeloBlog do Bart Rabelo: variedades, cotidiano, comédia, humor, sarcasmo e reclamações diversas na medida errada.Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.comBlogger265125tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-87796269154634402802023-06-12T06:30:00.009-03:002023-06-13T14:54:26.779-03:00Amor $incero<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgwlmjf5m3YOtHcGMdWZr6NYK0PSwO55vlFWOpF-iK4XjXocwYxlKZSl9wQ3pZD0x0xg0Q7gjGlxlrKrpVxclIYIY2uDv-nZWBR6dOu6Qx89mbKDEA8CyluiQiaEFksyTX5t44R3GxkH6I4ieGvYRE1-tf-PycLU68dOZZuhEX1ElzgkR8hag/s476/hearts.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="476" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgwlmjf5m3YOtHcGMdWZr6NYK0PSwO55vlFWOpF-iK4XjXocwYxlKZSl9wQ3pZD0x0xg0Q7gjGlxlrKrpVxclIYIY2uDv-nZWBR6dOu6Qx89mbKDEA8CyluiQiaEFksyTX5t44R3GxkH6I4ieGvYRE1-tf-PycLU68dOZZuhEX1ElzgkR8hag/w200-h200/hearts.png" width="200" /></a></div>Dia dos Namorados, aquela data em que casais apaixonados se enchem de amor e... comerciais românticos invadem a televisão! É uma época em que os corações ficam mais vermelhos que o trânsito engarrafado nas grandes cidades. E não poderia faltar a corrida em busca do presente perfeito, porque é claro que demonstrar amor é diretamente proporcional ao preço do presente, certo? Mas vamos lá, embarquemos nessa montanha-russa de emoções e clichês!<span><a name='more'></a></span><p></p><p>As lojas se enfeitam com corações gigantes, balões vermelhos e bichinhos de pelúcia com olhos brilhantes. Os shoppings se tornam verdadeiros labirintos de sentimentos açucarados, onde casais perambulam de mãos dadas em busca do presente ideal. É quase uma competição para ver quem é o mais criativo na hora de demonstrar amor, ou melhor, quem gasta mais dinheiro!</p><p>Enquanto alguns casais esbanjam romantismo em jantares à luz de velas e declarações de amor melosas, outros preferem curtir a data de uma forma mais... "alternativa". Por que não trocar as flores por um buquê de cupcakes? Ou em vez de um jantar romântico, um festival de comida de rua? Ah, o amor pode ser doce e apimentado ao mesmo tempo, afinal!</p><p>Mas vamos ser sinceros, no fundo todos nós sabemos que o Dia dos Namorados é mais uma invenção comercial do que uma verdadeira celebração do amor. É o momento em que o mercado de presentes, restaurantes e floriculturas fica mais aquecido do que o clima do romance. E lá vamos nós, embarcando nessa roda-viva consumista em nome do amor!</p><p>No fim das contas, o Dia dos Namorados é o que fazemos dele. Seja com presentes caros ou gestos simples, o importante é demonstrar afeto e valorizar a pessoa amada. Mas não se esqueça, o amor não se mede em presentes ou em um único dia do ano. O verdadeiro amor se mostra no dia a dia, nos pequenos gestos e nas palavras sinceras. Que este Dia dos Namorados seja apenas mais um capítulo dessa grande aventura que é o amor, com todas as suas reviravoltas e surpresas, porque o melhor da vida está nos detalhes.</p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-33495209268055345622023-06-06T06:00:00.008-03:002023-06-06T11:09:12.567-03:00A visita de Magic the Gathering à Terra-Média!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg39HlqhRA5BSvwTolWgHbUTbvoQoiEV6s6I97wPFr_Kt4ebCNi-DYhrJoxxL4IozvS19uPX3_k80Wws2MP3WxrSJNw4NWA9zRTTtT1a6JcMLcOrFxVK2j3KmZXx7-boBJmhlvCGc--CSlFG4paL7m6L1FWzSvuAN-oWZK0dDI4kGX2IyNoPvw/s690/aragorn.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="690" data-original-width="690" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg39HlqhRA5BSvwTolWgHbUTbvoQoiEV6s6I97wPFr_Kt4ebCNi-DYhrJoxxL4IozvS19uPX3_k80Wws2MP3WxrSJNw4NWA9zRTTtT1a6JcMLcOrFxVK2j3KmZXx7-boBJmhlvCGc--CSlFG4paL7m6L1FWzSvuAN-oWZK0dDI4kGX2IyNoPvw/w200-h200/aragorn.png" width="200" /></a></div>A tão esperada colaboração entre Magic: The Gathering e "O Senhor dos Anéis" está prestes a ser lançada, trazendo a Terra-média para os campos de batalha do jogo de cartas colecionáveis. Estou ansioso para explorar esse novo capítulo na história de ambos os universos.<div><br /></div><div>Como um entusiasta de Magic: The Gathering e "O Senhor dos Anéis", estou animado para participar do torneio de pré-lançamento na loja Red Jogos, no Rio de Janeiro, no dia 17/06. Mal posso esperar para experimentar as novas cartas e mergulhar na atmosfera da Terra-média durante a competição.<p><span></span></p><a name='more'></a><p></p><p>No entanto, houve uma reação negativa por parte de alguns fãs em relação à representação de Aragorn como um homem negro. Essa resistência revela uma mentalidade restritiva e prejudicial, indo contra o espírito de inclusão e diversidade que deveria prevalecer tanto no universo de "O Senhor dos Anéis" </p><p>A representação de Aragorn como um homem negro traz diversidade e representatividade para a obra de J.R.R. Tolkien. A cor da pele de um personagem não deve limitar a capacidade de um ator transmitir a essência desse personagem com autenticidade e talento.</p><p>A inclusão de atores negros em papéis icônicos como o de Aragorn permite que novas perspectivas sejam trazidas para a história, enriquecendo ainda mais a narrativa e ampliando a identificação de diferentes grupos étnicos com os personagens.</p><p>Além disso, é importante ressaltar que essa reação negativa não se limita apenas a "O Senhor dos Anéis". Recentemente, também foi observada uma resistência semelhante em relação à presença de atores e atrizes negros na série "Anéis de Poder". Essas reações evidenciam a persistência de preconceitos infundados e a necessidade contínua de promover inclusão e representatividade em todas as formas de entretenimento.</p></div>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-5450422093258234182023-06-05T11:20:00.004-03:002023-06-06T11:24:31.778-03:00O Movimento Integralista: Voltando para o Século Errado com Estilo!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfw7Ir4kB5J8A3yZLLNUNQbcfAbfJDvC_tne42yK5MooKfJhvPVgNT5x-MI5HQlITkDpaW-mcEeP0dy3xgcJ25qzJvyEcC1LB2z2-tFZZ1Nbwl2yKYLzJnUbL9srEyZ5qcYPjSOnPz1pbQHcc6NWMBvU63Ufye71ghAaNGQphQFq7cFudifhw/s355/galinha.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="355" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfw7Ir4kB5J8A3yZLLNUNQbcfAbfJDvC_tne42yK5MooKfJhvPVgNT5x-MI5HQlITkDpaW-mcEeP0dy3xgcJ25qzJvyEcC1LB2z2-tFZZ1Nbwl2yKYLzJnUbL9srEyZ5qcYPjSOnPz1pbQHcc6NWMBvU63Ufye71ghAaNGQphQFq7cFudifhw/w200-h200/galinha.png" width="200" /></a></div>Ah, o Movimento Integralista, aquele grupo que decidiu que a melhor forma de se destacar no século 21 é reviver as glórias do século 20. Eles estão tão desesperados para voltar ao passado que até mesmo as fitas VHS sentem inveja do seu saudosismo.<p></p><p>Com suas camisas verdes de visual inovador (sério, é 1930 chamando e pedindo a moda emprestada), os integralistas têm uma habilidade impressionante de confundir nacionalismo com atraso social. Porque nada diz "avanço civilizacional" como se inspirar em ideologias ultrapassadas e defender conceitos arcaicos de supremacia racial.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p>Acredite, eles têm uma lista de demandas que faria qualquer historiador rolar os olhos. Querem o retorno da ditadura do Estado Novo, com censura, violações dos direitos humanos e tudo mais que possa colocar um sorriso nostálgico nos seus rostos. Eles parecem acreditar que o Brasil precisa urgentemente de um líder autoritário, porque democracia é superestimada mesmo, não é?</p><p>Ah, e não podemos esquecer o toque de reviravolta: apesar de pregarem um discurso ultraconservador, adoram se apropriar de termos como "liberdade" e "ordem". Afinal, quem precisa de coerência quando se pode usar palavras de efeito para atrair seguidores?</p><p>Enfim, o Movimento Integralista é como um museu ambulante, exibindo relíquias de um passado que deveria ter sido esquecido. Mas hey, pelo menos eles nos proporcionam um momento de entretenimento com suas ideias ultrapassadas e retóricas vazias. Afinal, quem precisa de progresso quando se pode reviver um tempo em que os dinossauros governavam a Terra?</p><p>Sarcasmo à parte, é importante enfrentar e desmascarar movimentos como o Integralismo, que buscam promover ideias retrógradas e divisões sociais. A sociedade avança quando valorizamos a diversidade, a igualdade e a liberdade de expressão, não quando tentamos reviver fantasias de um passado sombrio.</p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-48524455322581649512023-06-03T06:00:00.000-03:002023-06-06T10:28:53.692-03:00O Mandaloriano<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw2tVvsoqXDa2Y3U1z4gEmxqpv15BSyPCxBk0Ro_55w3SrTmZyS6iOuYnyiRx7cyiKAmJHTmVsIT9ifHnMrolsv2s7qMgxMGzIeTo-zFXBAONf-DEMo0G_28HctioxhDJQ3YGYTxh04zmlAm2_8PJfLdUv8IeYcwezgi0n2t3Sm1aT68XpVdk/s628/mando.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="628" data-original-width="628" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw2tVvsoqXDa2Y3U1z4gEmxqpv15BSyPCxBk0Ro_55w3SrTmZyS6iOuYnyiRx7cyiKAmJHTmVsIT9ifHnMrolsv2s7qMgxMGzIeTo-zFXBAONf-DEMo0G_28HctioxhDJQ3YGYTxh04zmlAm2_8PJfLdUv8IeYcwezgi0n2t3Sm1aT68XpVdk/w200-h200/mando.png" width="200" /></a></div>"O Mandaloriano" é uma série de TV que se destaca por seu brilhantismo em todos os aspectos. Desde sua estreia, a série tem conquistado uma base de fãs leais e críticos entusiasmados. Uma das principais razões para o sucesso da série é a forma como ela combina habilmente elementos de ficção científica, ação e drama. Com uma narrativa envolvente e personagens cativantes, "O Mandaloriano" nos transporta para uma galáxia muito distante e nos mergulha em uma aventura emocionante, liderada pelo icônico protagonista conhecido como Din Djarin.<span><a name='more'></a></span><p></p><p>Uma das maiores contribuições para o brilhantismo de "O Mandaloriano" é a sua produção visual de alta qualidade. Os visuais da série são deslumbrantes, desde os cenários até os efeitos visuais impressionantes. A atenção aos detalhes é evidente em cada quadro, criando um mundo rico e imersivo. Além disso, a trilha sonora excepcionalmente bem composta adiciona uma camada adicional de profundidade e emoção à experiência. A combinação desses elementos técnicos resulta em uma estética única que atrai tanto os fãs antigos de Star Wars quanto novos espectadores, e tudo isso emoldurado pela presença magnética de Din Djarin, o protagonista cuja jornada nos cativa do início ao fim.</p><p>O maior destaque de "O Mandaloriano" é, sem dúvida, o desenvolvimento de personagens e a forte presença de Din Djarin. Interpretado por Pedro Pascal, Din Djarin é um personagem misterioso e solitário que captiva o público com sua jornada pessoal e suas habilidades notáveis. A série explora temas como honra, lealdade e sacrifício, e apresenta uma variedade de personagens memoráveis ao longo da história. Além disso, a dinâmica entre Din Djarin e o adorável Grogu, chamado carinhosamente de "Baby Yoda", capturou o coração de milhões de fãs em todo o mundo, tornando-se um fenômeno cultural por si só.</p><p>"O Mandaloriano" é uma série de TV que brilha em todos os aspectos, desde sua narrativa envolvente até sua produção visual de alta qualidade e personagens cativantes, com destaque para o carismático protagonista Din Djarin. É uma verdadeira joia do universo de Star Wars que continua a conquistar o público com sua originalidade e qualidade excepcionais.</p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-32628760211417419022023-06-01T06:00:00.011-03:002023-06-06T10:28:46.125-03:00Os Anéis de Poder vs. O Preconceito<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvYeg7QaAIH_sbhd24VLGgDM7R1WAYMGiIZ6EFRkyQzTExd-i0NASe6IsfTZ3YZnzig330oJDq1u2rUXDqDPWOSC45dfHFwLdldKSkoU0LEeegljGeZ1usg25AmR0_Uz8DJpPC4QkQmfgVqxy1dWwcYW2EJE8BfQNxvIMdyaQGRdJtu0DEkGY/s506/rings.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="506" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvYeg7QaAIH_sbhd24VLGgDM7R1WAYMGiIZ6EFRkyQzTExd-i0NASe6IsfTZ3YZnzig330oJDq1u2rUXDqDPWOSC45dfHFwLdldKSkoU0LEeegljGeZ1usg25AmR0_Uz8DJpPC4QkQmfgVqxy1dWwcYW2EJE8BfQNxvIMdyaQGRdJtu0DEkGY/w200-h200/rings.png" width="200" /></a></div>A série "Anéis de Poder" tem gerado grande expectativa entre os fãs de fantasia e seguidores do universo de "O Senhor dos Anéis". No entanto, um aspecto infeliz tem chamado a atenção: a reação negativa de uma parcela dos fãs à presença de atores e atrizes negros interpretando papéis de elfos e anões. Essa resistência baseada na aparência física dos personagens revela uma mentalidade restritiva e prejudicial, que contradiz o espírito inclusivo e diversificado que deve prevalecer tanto no universo da fantasia quanto na sociedade em geral.<span><a name='more'></a></span><div><p></p><p>A diversidade é um elemento fundamental para o enriquecimento das narrativas e para a representatividade de diferentes grupos étnicos, culturais e raciais. Ao permitir que atores e atrizes negros assumam papéis tradicionalmente atribuídos a atores brancos, a série "Anéis de Poder" busca promover a inclusão e quebrar estereótipos arraigados na ficção. A capacidade de um ator ou atriz de interpretar um personagem não deve ser limitada pela cor de sua pele, mas sim pela sua habilidade de dar vida àquela persona com autenticidade e talento.</p><p>A crítica à presença de atores e atrizes negros interpretando papéis de elfos e anões em "Anéis de Poder" é infundada e revela um desconforto com a diversidade e a mudança. Afinal, a imaginação e a criatividade da obra de J.R.R. Tolkien sempre foram caracterizadas por sua riqueza e abertura a diferentes interpretações. Além disso, o universo de "O Senhor dos Anéis" é vasto e diversificado, com espaço para personagens e povos de diferentes origens étnicas.</p><p>É essencial que os fãs entendam que a inclusão de atores e atrizes negros na série não é uma forma de "politicamente correto", mas sim um avanço para a representatividade e igualdade. A arte deve ser uma plataforma para desafiar estereótipos e preconceitos, e a série "Anéis de Poder" está abraçando essa oportunidade ao oferecer a oportunidade a talentosos profissionais negros de brilhar e contribuir para a construção desse mundo mágico.</p><p>Em vez de rejeitar a presença de atores e atrizes negros em papéis de elfos e anões, é importante aplaudir a diversidade e a inclusão que a série "Anéis de Poder" está trazendo para o universo de "O Senhor dos Anéis". Ao fazer isso, estaremos valorizando a mensagem de igualdade e representatividade que a obra original e seu autor sempre defenderam. A série tem o potencial de ser uma oportunidade de celebração da diversidade e de criar um legado de inclusão na cultura pop.</p></div>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-6239454453241771852022-02-15T06:44:00.014-03:002022-02-15T11:19:37.182-03:00Opinião e Responsabilidade<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiS285WSyHoZMzJxHLICLllq2XsvU_kpWrnFjWOL2P2hcGp_vEhH-uA6Bo01MI5YY9c4vxwprln-lvykYjVsBhuTm69GmKCw0W9enRJ7ElqXq4_AYjyTku3rL12HF6-BO8Jm6kWxjmT_icVLrtfL7macdj51RcuYYHXi2OqVjdxO2aJn-9IsWs=s266" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="266" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiS285WSyHoZMzJxHLICLllq2XsvU_kpWrnFjWOL2P2hcGp_vEhH-uA6Bo01MI5YY9c4vxwprln-lvykYjVsBhuTm69GmKCw0W9enRJ7ElqXq4_AYjyTku3rL12HF6-BO8Jm6kWxjmT_icVLrtfL7macdj51RcuYYHXi2OqVjdxO2aJn-9IsWs=w200-h200" width="200" /></a></div>Em Dezembro de 2004 o guitarrista Dimebag Darrell, do Pantera e Damageplan, <a href="https://whiplash.net/materias/diaadia_mortes/067371-damageplan.html" target="_blank">foi brutalmente assassinado a tiros durante um show</a>, junto com outras três pessoas, por um ex-militar mentalmente instável e fã de um certo cantor neonazista que era ex-membro do Pantera.<p></p><p>Em resposta a esta notícia o cineasta e então crítico Arnaldo Jabor, em sua coluna de opinião no Jornal da Globo, leu o seguinte texto (completo no link do <a href="http://www.observatoriodaimprensa.com.br/feitos-desfeitas/sempre-o-mesmo/" target="_blank">Observatório da Imprensa</a>):<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p></p><blockquote><i>"O rock começou como canto à alegria e à liberdade, música de esperança numa era de utopias e flores. Aos poucos, a ilusão foi passando. (...) Os shows de rock viram missas negras que lembram comícios fascistas. É musica péssima, sem rumo e sem ideal. A revolta se dissolve e só fica o ódio e o ritual vazio. Hoje, chegamos a isso, a essas mortes gratuitas. A cultura e a arte foram embora e só ficou a porrada."</i></blockquote><p></p><p>Hoje o Arnaldo Jabor morreu, então lembrei dessa história. Não vou fazer nenhum comentário sobre o falecimento desta pessoa, apenas deixar aqui registrada sua opinião, naquele momento, completamente equivocada, preconceituosa e da qual ele jamais se retratou, para a posteridade.</p><p>Este tipo de generalização é extremamente perigosa, afinal de contas, nem todo fã de rock ou metal é uma pessoa violenta, cheia de ódio ou um fascista, ou sequer gostaria de ser associado a isso. Eu pelo menos não sou e luto contra esta escória humana.<br /></p><p>Vamos continuar torcendo por um mundo onde as pessoas tenham mais responsabilidade quanto à sua capacidade de influenciar opiniões, caso contrário continuaremos tendo cada vez mais <a href="https://www.terra.com.br/noticias/quem-sao-monark-e-adrilles-entenda-as-polemicas-em-torno-deles,198a9c587f6fff937a3e123e7dffb043yr0qd74u.html" target="_blank">Monarks e Adrilles</a> falando besteira e menos <a href="https://www.youtube.com/watch?v=REAzCtcsa3c" target="_blank">Skylabs sendo sensatos</a>.<br /></p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-8205789677047727082022-01-01T23:58:00.002-03:002022-01-02T11:31:33.169-03:00A Realidade das Resoluções<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiUKAc7WtGahvlYq9Gk5V3cu5NEfuh-5R8CtHsW1O_NWO_hlGpNlTzlyRVpROezvqHB2bQZQwCZvVOhvFG_ExjklgE5Wzl25k3r3fDFgFpoELSRNCcSsCTxC5Z_oAOxbwGFyl6QIJwBeg5EcS2ABTNW62Qfdlg7H3uRP7qk37OWab7qUuWQHuo=s250" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="250" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiUKAc7WtGahvlYq9Gk5V3cu5NEfuh-5R8CtHsW1O_NWO_hlGpNlTzlyRVpROezvqHB2bQZQwCZvVOhvFG_ExjklgE5Wzl25k3r3fDFgFpoELSRNCcSsCTxC5Z_oAOxbwGFyl6QIJwBeg5EcS2ABTNW62Qfdlg7H3uRP7qk37OWab7qUuWQHuo=w200-h200" width="200" /></a></div><p>Uma coisa que eu sempre digo sobre datas comemorativas como o Ano Novo é que elas não passam de construções humanas criadas para que a gente possa quantificar e medir o tempo de uma forma lógica, racional e que nos impeça de enlouquecer.</p><p>A grande verdade é que estamos constantemente envelhecendo e morrendo aos poucos, mas isso não nos impede de todo dia 31 de Dezembro assumirmos resoluções para o ano seguinte. Seremos mais justos, mais bondosos, cuidaremos mais da nossa saúde, economizaremos. Seremos melhores.</p><p>E tudo isso não passa de uma gigantesca hipocrisia coletiva.<span></span></p><a name='more'></a><p></p><p>As pessoas não deveriam ter como meta ou objetivo serem melhores. Elas simplesmente deveriam ser. E no mundo dominado pelas redes sociais, tudo virou uma competição. Nós disputamos para ver quem é mais feliz, quem tem mais amigos, quem passou mais tempo na academia, quem viu mais séries que os outros.</p><p>Opiniões vazias e efêmeras passaram a dominar nosso cotidiano, onde quase nada é relevante. Não que antes fosse diferente, mas pelo menos cada um guardava a insignificância de sua própria existência para si mesmo. Hoje nós sorrimos para fotos com a esperança de receber dopamina como recompensa - me curtam, me respeitem, me adorem. Viramos todos deuses invejosos em busca de ovelhas mansas.</p><p>Não farei resoluções pois já venho as praticando há meses. Me afastei de algumas redes sociais e sigo no processo de me afastar de outras. Perdi uma quantidade considerável de peso. Cuidei da minha saúde mental. Passei a me exercitar. Comecei a cuidar melhor das pessoas que realmente importam na minha vida, de mim mesmo e não precisei ficar alardeando isso para todo mundo.</p><p>Este post inclusive servirá como exercício; ele será postado nas minhas redes sociais e peço que quem chegue aqui através delas deixe um comentário dizendo de onde "veio": Facebook, Instagram ou Twitter. Pessoalmente não acho que terei muitos comentários, afinal de contas as pessoas hoje tem preguiça de ler um parágrafo de texto, imaginem então um texto inteiro de blog.</p><p>Para concluir, eu cansei de brigar, cansei de discordar, cansei de tentar ajudar as pessoas a despertarem de uma hipnose coletiva. Toda positividade tóxica e todo narcisismo barato agora serão refletidos com a mais simples e pura indiferença. Assim como os Pinguins de Madagascar, "sorriam e acenem, rapazes. Sorriam e acenem."</p><p>E não, isso não é uma resolução para 2022. É apenas a realidade.</p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-40922060472845302932021-07-13T07:00:00.001-03:002021-07-13T10:21:27.026-03:00Crônica Aleatória: "Lua"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilOs7ZonXoXUJsSZaFpG8mHv6snp4g-va-zh4LvdHs7QLJL6lAEjjPXSh1JVIcVaz72F8spFzJUz8rsQmjfyVN1qU4AHCpYlUeaD4viFVqJ2FPSR9C_QUWAi-UOdkraOmSH_UIMw/s280/external-content.duckduckgo.com.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="280" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilOs7ZonXoXUJsSZaFpG8mHv6snp4g-va-zh4LvdHs7QLJL6lAEjjPXSh1JVIcVaz72F8spFzJUz8rsQmjfyVN1qU4AHCpYlUeaD4viFVqJ2FPSR9C_QUWAi-UOdkraOmSH_UIMw/w200-h200/external-content.duckduckgo.com.jpg" width="200" /></a></div><p><i>Fiquei sabendo que hoje é o "Dia da Maldade". <br /></i></p><p><i>Não sei se a informação é verdadeira, fidedigna, mas em homenagem a esta data que provavelmente é falsa ou algum meme inventado por zoomers entediados no Twitter, coloco aqui este conto que faz parte da minha coletânea "Crônicas Aleatórias", disponível para compra em formato Kindle no site da Amazon.</i></p><p><i>Se você estiver lendo isto aqui, espero que goste desta breve "maldade".</i><br /></p><span><a name='more'></a></span><p><br />O sinal da fábrica soou novamente o apito, indicando que todos os funcionários e operários deveriam retornar aos seus postos de trabalho e retomar as atividades cotidianas. "Excelência com responsabilidade" era o lema que o Presidente usava e fazia questão que o mesmo estivesse afixado em cada quadro de avisos, com garrafais letras azuis. O jovem jornalista estava bastante nervosa, pois imaginou que o bem sucedido executivo faria a entrevista sentado no conforto da cadeira classe presidencial de seu escritório, mas se enganou redondamente. Ele fez questão de conversar com a bela mulher de longo cabelo castanho solto e penas compridas, vestindo um tailleur cinza e salto alto enquanto ambos passeavam pelas instalações a pleno funcionamento. Na verdade, isto o divertia.<br /><br />"Eu não mordo, senhorita. Pode começar a inquisição, estou à sua disposição," disse o presidente da fábrica. Com as mãos quase tremendo, ela tirou um par de óculos da bolsa junto com seu gravador, o qual foi imediatamente ligado com um clique quase inaudível.<br /><br />"Boa tarde, senhor Mau. Sua carreira como empreendedor do ramo alimentício é fascinante, mas não tanto como suas raízes. Você poderia falar um pouco sobre o início da sua vida e as dificuldades que enfrentou?"<br /><br />"Claro. Eu tive uma infância bastante comum, com meus irmãos e irmãs de ninhada. Mais velhos, formamos uma matilha formidável, mas eu sempre quis algo mais," ele parou para pensar por alguns instantes. "Eu queria individualidade. Queria ser diferente. Não achava que aquela vida de caçar, comer e dormir na floresta era exatamente para mim."<br /><br />"Mas os seus anseios não seriam contra a natureza dos lobos, senhor Mau?" perguntou a agora mais relaxada jornalista. O entrevistado ergueu uma sobrancelha e com um olhar mais astuto do que feroz rebateu a perguntar com uma voz tão estável que parecia sibilar.<br /><br />"Sim, isto poderia ser verdade. Mas tudo aquilo que construí na vida é condizente com a natureza lupina. Veja bem: formei uma matilha, que é a minha fábrica. Virei o alfa, pois sou o líder de todos. Ajudo a providenciar alimentos para todos aqueles que protejo, assim como abrigo no inverno e boas possibilidades de acasalamento. É simplesmente incrível o que se pode fazer com dinheiro hoje em dia."<br /><br />A entrevista parecia começar a melhorar, então a jovem rapidamente fez aparecer um bloco de anotações, o qual segurou com a mão esquerda junto do gravador, enquanto sua mão direita já rabiscava ideias no papel com uma caneta que simplesmente parecia ter sido feita sob encomenda para seus dedos. Ao mesmo tempo em que escrevia, modulou sua voz com um tom de respeito e curiosidade: "qual foi sua primeira experiência profissional?"<br /><br />"Ah, foi há muito tempo atrás. A primeira tentativa verdadeira, devo admitir, foi com a Chapeuzinho. O encontro na floresta foi completamente aleatório e fortuito, mas logo vi que havia uma chance de crescimento ali."<br /><br />"Você está dizendo que devorar uma criança inocente por acaso pode ser uma chance de crescimento?"<br /><br />"Não, claro que não. Veja bem, esta é a história que todo mundo conhece e que compõe o imaginário comum. A verdade que nunca foi divulgada é que a avó da Chapeuzinho era uma grande empreendedora do ramo alimentício, especialmente no tocante a doces e chocolates. Quando vi a jovem menina indo para a casa da avó, percebi uma oportunidade de ingressar na indústria, então ofereci meus serviços."<br /><br />"E ela recusou, não foi? Teve medo de você?"<br /><br />"Na verdade, o pai da Chapeuzinho a instruiu para não confiar em estranhos, pois sempre tinha alguém de olho nas receitas secretas da Vovozinha. Ela era uma boa menina, obediente, então juntei toda a minha coragem e fui direto para a casa da empresária."<br /><br />A jornalista lançou um olhar decisivo para o seu entrevistado. "Então você devorou a vovozinha para roubar suas receitas secretas?"<br /><br />"Mais uma vez, não. Eu devorei a Vovozinha, mas tente entender. Ela ainda era uma mulher charmosa e atraente, eu era um jovem inocente e bastante disposto, logo..."<br /><br />"Não precisamos entrar em detalhes, Sr. Mau."<br /><br />"Continuando, tínhamos um acordo. Todos ficaram chocados devido à nossa diferença de idade, mas eu não me importava. Continuei com ela até o fim, mesmo com todas aquelas mentiras inventadas pelas pessoas, especialmente por aqueles caçadores desocupados."<br /><br />"Os caçadores invejavam o seu sucesso?"<br /><br />"Na verdade eles invejavam o meu relacionamento com a Vovozinha. Todos a desejavam, secretamente." A jovem jornalista sentiu que o empresário lançou um olhar na sua direção, como um lobo faminto que elegantemente não fitava diretamente suas belas pernas. Ela pensou que ele devia ser um viúvo bastante requisitado, mas preferiu não se desviar do assunto, a entrevista.<br /><br />"Bem, isto encerra a história com a Chapeuzinho. Mas e quanto aos Três Porquinhos? Como você justifica duas acusações de destruição de propriedade, uma tentativa de invasão e três tentativas de assassinato?"<br /><br />"Antes de tudo, gostaria de reafirmar que nunca uma queixa foi aberta na polícia. Sabe o motivo? Quem a abrisse seria processado por perjúrio, pois as acusações são complemente falsas."<br /><br />"Ainda assim as pessoas comentam o assunto há anos, Sr. Mau."<br /><br />"Comentam, falam, sussurram, cochicham. Fofocam. É tudo fofoca, boataria maldosa. Quer saber a verdade? Eu tenho provas. Isso foi bem no início da minha fábrica de alimentos, eu tinha uma equipe com poucos membros, então cuidava pessoalmente das vendas externas e cobranças também."<br /><br />"Você insinua que os porquinhos te deviam dinheiro?"<br /><br />"Insinuar, não. Eu afirmo. Tenho provas, notas fiscais da época, assinadas por eles, porém sem pagamento. Eventualmente todas as dívidas foram executadas por uma empresa de cobranças, mas antes de tomar uma medida tão drástica tentei resolver o assunto pacificamente. Fui conversar com o mais preguiçoso dos três irmãos, o Cícero, que então se escondeu na casa do Heitor e quando pude perceber estavam todos na casa do Prático. Foi um inferno conseguir falar com eles, mas os caloteiros estavam dispostos a não pagar meu dinheiro."<br /><br />"Mas por quais motivos teriam eles tentado difamar sua reputação, espalhando supostas mentiras e alegando a tentativa de agressão sofrida?"<br /><br />"Simples, minha bela jovem. Os três porquinhos nunca quiseram que eu revelasse exatamente o que eles compraram comigo. Eles sabem que virariam párias se as pessoas soubessem a verdade, mas agora eu não me importo mais com isso."<br /><br />"Mas Sr. Mau, o que poderia ser tão terrív..."<br /><br />"Bacon, senhorita" interrompeu o empresário com uma ferocidade controlada na voz. "Naquela época minha fábrica produzia vários derivados de suínos, mas principalmente bacon."<br /><br />"Bacon, mas como..."<br /><br />"Em tiras e em cubinhos."<br /><br />"Quer dizer que os três porquinhos... Eles eram canib..."<br /><br />"Não precisamos entrar em detalhes, mas você entendeu meu ponto. O que eu gostaria de afirmar é que a Maulimentos Ltda. é uma indústria em constante crescimento e não me importo mais com essas inimizades e problemas do passado. Tudo o que recebi de bom e de ruim na minha vida me trouxe até o lugar no qual me encontro agora. Sou um lobo feliz, não posso reclamar."<br /><br />"Acho que já tenho bastante material para a entrevista, Sr. Mau. Podemos encerrar por aqui, sei que o senhor é bastante ocupado."<br /><br />Ele olhou mais uma vez para a jornalista com luxúria nos olhos, percorrendo seu corpo dos pés à cabeça. "Sim, sou bastante ocupado, mas sempre tenho um tempo extra para beber um drink no bar do meu bom amigo Rumpelstiltskin. Especialmente com uma boa companhia como você."<br /><br />A jovem imediatamente ficou enrubescida. "Sr. Mau, você disse que não mordia."<br /><br />"Ah, mas na lua cheia tudo pode acontecer."<br /></p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-5677940905085099472021-01-15T07:15:00.033-03:002021-01-15T11:13:27.176-03:00Eu Sobrevivi<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8Q83V71EqYXIKvCjeycQ8LfuoP0iDRfHaFIqaALAaiyT7UdWsSTXr5TMLRNczeRHAz2kK-WVl9p7_E7QBuQqLosc105GH2H57h-OF8ZjK6VIuNfX6CqhuJrFenWoaLBWS6cjfqg/s645/external-content.duckduckgo.com.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="645" data-original-width="645" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8Q83V71EqYXIKvCjeycQ8LfuoP0iDRfHaFIqaALAaiyT7UdWsSTXr5TMLRNczeRHAz2kK-WVl9p7_E7QBuQqLosc105GH2H57h-OF8ZjK6VIuNfX6CqhuJrFenWoaLBWS6cjfqg/w200-h200/external-content.duckduckgo.com.jpg" width="200" /></a></div>Nos últimos anos aconteceu bastante coisa. Mas eu sobrevivi.<p></p><p>No início de Fevereiro de 2020 fui parar no hospital com quase todos os sintomas da Covid-19, porém naquela época a gente nem tinha os exames adequados para identificar a doença. Voltei pra casa com um diagnóstico de "virose". Genérico assim mesmo, o hospital nem sequer fez o exame para determinar se era influenza ou não - ou se fez deu negativo, o que aumenta as chances de ter sido Covid-19. </p><p><span></span></p><a name='more'></a><p></p><p>Pulando para Dezembro de 2020, no dia seguinte ao Natal comecei a
apresentar alguns sintomas da Covid-19 novamente, mesmo respeitando o
distanciamento social e normas de segurança. Desta vez
o diagnóstico da Covid-19 foi confirmado. Pelas contas feitas,
provavelmente contraí a doença no dia em que fui a um hipermercado fazer
as compras de Natal.</p><p><span></span>Iniciei um isolamento ferrenho em casa com medidas aumentadas de segurança e higienização. Após pouco mais de duas semanas recebi o diagnóstico negativo para a Covid-19 e também a confirmação de que possivelmente estou imunizado, dada a quantidade de anticorpos que desenvolvi.<br /></p><p>Eu poderia colocar outras coisa na conta, como quando tive apendicite em
2010. Afinal de contas, apendicite aguda sem tratamento adequado é fatal em
99% dos casos. Entretanto graças ao diagnóstico rápido da excelente
médica que me atendeu na emergência do hospital, se passaram menos de 24
horas entre o início dos sintomas e a minha apendicectomia. De certa
forma, pelo menos tecnicamente, posso dizer que sobrevivi. <br /></p><p>Poderia ser apenas isso, porém há alguns anos atrás, sobrevivi a outra doença, silenciosa e voraz: a depressão. O meu quadro era bem ruim e foi agravado por estar acontecendo durante um longo e incrivelmente doloroso processo de separação.</p><p>Hoje tenho ciência que sempre convivi com a depressão, como se fosse um monstrinho que me acompanhava desde criança e às vezes era forte, mas normalmente eu mantinha calado e sob controle. Um quadro depressivo grave equivale a você se sentir derrotado por este monstro, sem enxergar qualquer perspectiva, esperança ou futuro.</p><p>Com a ajuda de uma psicóloga e um psiquiatra incríveis que realmente me escutavam de verdade e de um grupo seleto de pessoas próximas de mim cheias de empatia, amor e compaixão, eu sobrevivi.</p><p>Todos os dias leio e ouço as notícias e percebo que milhares de pessoas não tiveram a mesma sorte que eu. Elas não sobreviveram. E no caso destas pessoas, não tiveram as mesmas chances e rede de apoio que recebi, pois dependeram da responsabilidade de nossos governantes.</p><p>Claro, os problemas são históricos em muitos casos e não são a responsabilidade de apenas um grupo, como é o caso da crise de segurança pública em cidades grandes que mata tantos inocentes todos os anos e mantém populações das periferias e comunidades em situação de vulnerabilidade social.</p><p>Seja através de uma guerra impossível contra as drogas, da expansão de poder das milícias ou da gestão ineficaz das polícias, a responsabilidade recai sobre os governantes municipais, estaduais e nacionais. Recai sobre os parlamentares que em sua maioria apenas olham para seus próprios interesses e perpetuam este sangrento círculo vicioso.</p><p>Mas em outros casos, as responsabilidades são mais claras e específicas. O governo do Jair Bolsonaro está matando muitos com sua incompetência. Permitiu o aumento das queimadas na Amazônia e no Pantanal. Incentivou o negacionismo da ciência e da lógica. Incitou parte da população a não seguir protocolos de segurança, através do exemplo sórdido e nefasto deste suposto líder que só sabe discutir gritando e falando mais alto que os outros.</p><p>Eu sobrevivi. Mas não posso deixar de questionar quantos mais morrerão implorando pelo simples direito de respirar, seja por falta de oxigênio ou enfrentando tiroteios à porta de suas casas, enquanto estes monstros nitidamente só tem interesse em implementar sua egoísta agenda de poder.<br /></p><p>É importante notar que eu só sobrevivi a partir do momento no qual decidi que queria continuar vivendo e buscando a felicidade, seja através da decisão de ir rápido para um hospital ao sentir dor aguda no abdomen e febre alta, seja ao respeitar o distanciamento social e usar a medicação adequada (nada de hidroxicloroquina, antibiótico ou vermífugo) conforme receitado por médicos e médicas sensatas e capacitadas, ou simplesmente olhando em volta e percebendo como o mundo é um lugar onde eu realmente queria estar.</p><p>Eu sei que Jair Bolsonaro não vai renunciar. O ego dele é inchado demais para isso. Mas se o Brasil quiser sobreviver e prosperar, ele deve sofrer impeachment o mais rápido possível.</p><p>Vamos sobreviver juntos?<br /></p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-69599877391045266672020-10-12T11:35:00.001-03:002020-10-12T11:35:27.040-03:00Hipótese Tautológica para "Raised by Wolves"<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPL08k8rxBc4NH7sZ7vzkJFBQ-EHDqjp2F75MYaXFWYdqMB9dGJxbcCSwSxwwkqV6J41VOAcmOMnc22R3de3WBv_EnZkGU2PaZf-DStbvKoFjkVtPN2PlYCBgBCocovk9ISRFWFQ/s1082/02wolves-superJumbo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1082" data-original-width="1082" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPL08k8rxBc4NH7sZ7vzkJFBQ-EHDqjp2F75MYaXFWYdqMB9dGJxbcCSwSxwwkqV6J41VOAcmOMnc22R3de3WBv_EnZkGU2PaZf-DStbvKoFjkVtPN2PlYCBgBCocovk9ISRFWFQ/w200-h200/02wolves-superJumbo.jpg" width="200" /></a></div>A série de TV "<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Raised_by_Wolves_(American_TV_series)" target="_blank">Raised by Wolves</a>" foi lançada pela HBO recentemente e já começou a chamar atenção. Criada por <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Aaron_Guzikowski" target="_blank">Aaron Guzikowski</a> e produzida (entre outros) por ninguém menos que <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Ridley_Scott" target="_blank">Ridley Scott</a> (que também dirigiu 2 episódios e seu filho Luke Scott outros 3), a série dança entre a ficção científica e a ficção fantástica, equilibrando elementos tecnológicos e místicos ao longo de seus 10 episódios nesta temporada inicial.<p></p><p>Nesta época de pandemia infelizmente as mesas de barzinho para conversar com os amigos estão suspensas (pelo menos para as pessoas com bom senso), então senti uma enorme vontade de colocar estas ideias que estão na minha cabeça em algum lugar e vejam só - tenho um blog exatamente para isso né?</p><p><span></span></p><a name='more'></a>O que se segue é a minha Hipótese Tautológica para "Raised by Wolves", pois para que ela se prove verdadeira, há elementos e premissas que devem ser considerados verdadeiros desde o início e repetidos ao longo da mesma. Ano que vem com a segunda temporada do seriado talvez minha hipótese se prove falsa ou verdadeira, mas isso veremos no futuro. E claro, um aviso muito importante:<p></p><p><b>SPOILERS!!!</b></p><p><b>MUITOS SPOILERS!!!</b></p><p><b>Apenas prossiga com a leitura ciente que vou estragar completamente o final da série para quem não assistiu tudo.</b></p><p><b><u>Avisei. Por sua própria conta e risco</u>.</b></p><p>Bem, "Raised by Wolves" conta a história de uma pequena nave espacial tripulada por 2 andróides que tem a missão, criada pelo hacker Ateu que os programou, de criar embriões humanos que seriam o futuro da nossa raça. Isto aconteceu pois a Terra foi devastada por uma guerra entre religiosos ("Mithraicos") e Ateus. A principal arma dos Mithraicos eram andróides chamados "Necromantes" que são capazes de bem, matar qualquer coisa que cruze seu caminho, que se voltam contra seus criadores e começam a caçar e matar todos os humanos.</p><p>Existe todo um simbolismo na série que remonta ao <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitra%C3%ADsmo" target="_blank">Mistraísmo</a>? Sim, com certeza total e absoluta. A adoração ao deus "<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Deidade_solar" target="_blank">SOL</a>" remonta aos primeiros ritos místicos primitivos humanos e está presente até hoje no cristianismo. Então a história da série brinca bastante com estes elementos e mistura tudo de uma forma muito interessante e incômoda.</p><p>Portanto a primeira premissa que quero considerar como verdadeira é que <b>PESSOAS PODEM SER PROGRAMADAS</b>.</p><p>Imagine o seguinte: uma criança nasce, é criada pelos seus pais e desde cedo eles já a vestem com as cores de um determinado time de futebol. Ela cresce vendo os pais torcendo apaixonadamente por este time. As chances são que esta criança, adulta, também torcerá pelo mesmo time, mesmo que ele não combine com seus valores éticos e morais (exemplo, um time de torcida elitista versus um time popular). Nós somos programados, nosso cérebro é condicionado a receber informação e processá-la de determinado modo. Se pensarmos assim, não somos tão diferentes de computadores... Ou andróides, nesta ficção científica.</p><p>Seguindo esta hipótese, a religião não é mais do que uma programação em massa de pessoas para seguirem determinadas regras e preceitos criados por um pequeno grupo de pessoas. Muitos religiosos já respondem a determinadas perguntas de forma determinística e automática. Por exemplo, se você perguntar a uma pessoa dotada de "fé inabalável" por quê sua divindade sendo onipresente e onisciente permite que crianças morram com balas perdidas, ela provavelmente responderá que foi a vontade de sua divindade ou que assim ela está num lugar melhor.</p><p>O cérebro humano tem a tendência a buscar conforto em cenários que sejam logicamente aceitáveis e quando algo não se enquadra nisto buscamos o sobrenatural. O misticismo busca explicar aquilo que a lógica e a ciência não são capazes, portanto no contexto de "Raised by Wolves" uma sociedade majoritariamente teocrática dominando um planeta morimbundo não seria capaz de explicar por quê as coisas chegaram aquele estado e reage de forma violenta, da mesma forma como fizeram seus inimigos Ateus, armando crianças para a guerra e até mesmo se tornarem bombas suicidas. Em suma, nós podemos ser programados para agir como monstros. <br /></p><p>Esta mesma programação pode ter-nos levado a buscar outro planeta para viver, uma vez que a Terra estaria condenada. E <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Kepler-22b" target="_blank">Kepler-22b</a> foi um dos primeiros planetas que descobrimos com possíveis condições à vida humana. Mas por quê a série se passa neste planeta? Vamos à segunda premissa para meu raciocínio:</p><p><b>SOL É A FORMA DE VIDA ALIENÍGENA ORIGINAL DE KEPLER-22B</b></p><p>Logo no início da série nós vemos o esqueleto de um monstro onde os andróides Mãe e Pai recolhem as raízes de carboidratos, que mais tarde descobrimos serem radioativas depois que são colhidas. Além disso, este fóssil é muito parecido com a Serpente que a Mãe dá a luz no final da temporada. Obviamente as coisas estão correlacionadas, inclusive com as outras formas de vida mais primitivas que eles encontram.</p><p>Fala-se que seriam humanos que estão "involuindo", regredindo a estágios mais primitivos da nossa raça (a caveira de um neanderthal é encontrada), porém os monstros que caçam e se alimentam dos fungos estranhos não parecem tanto com primatas, eles parecem estar involuindo no mesmo sentido que a Serpente. Em seu estágio menos "primitivo", o humanóide metamorfo que cerca os humanos e assumindo outras formas, temos a impressão que ele é capaz de se comunicar mentalmente e criar truques visuais ou ilusões.</p><p>Na minha hipótese, os primeiros humanos a chegarem em Kepler-22b seriam Mithraicos que estavam batendo terreno para o possível êxodo. A forma de vida alienígena original de Kepler-22b (vamos passar a chamar aqui de "Serpente") teria entrado em contato com estes humanos através desta radiação que seus carbos emitem (ou frutos do seu corpo - "hóstias" talvez) e esta radiação teria começado a alterar seu código genético em direção à forma original da Serpente.</p><p>Uma vez que a Serpente entrou em contato com a tecnologia humana, ela teria conseguido assimilar nossa cultura e conhecimento, para então transmitir seu próprio "código", ou inteligência artificial, até a Terra ou à Arca Mithraica (a nave espacial "Paraíso"/"Heaven"). Uma vez que ela teve acesso à nave e todos os humanos em estase dentro dela, teria 13 anos para se organizar e poder, de fato, entrar na mente das pessoas - colocar sua programação dentro de cada um. O vilão Otho alega que foi Sol quem ordenou que ele estuprasse as mulheres em estase na Arca, então esta seria a forma da Serpente/Sol entender como funcionaria a reprodução humana, que no fim das contas não é nada mais que a união dos códigos genéticos de duas pessoas para criar uma nova vida.</p><p>Por isso quando a Mãe se conecta à simulação da Arca, a Serpente/Sol teria se disfarçado como seu Criador (o hacker Campion Sturges), primeiro mostrando as memórias travadas da própria Mãe e depois a manipulando para fingir que era o próprio Criador, desta forma realizando a programação dela para que carregasse sua própria forma de vida, um híbrido de forma de vida baseada em carbono e forma de vida artificial.</p><p>No final das contas, a Serpente/Sol está em busca de sua anástase ou ressurreição, voltar a existir em forma física e todos seus esforços enquanto inteligência artificial programada nos carbos, computadores ou cérebros humanos, estavam sempre direcionados neste sentido. "Raised by Wolves" trabalha todo um simbolismo religioso forte e podemos ver relações em todos os cultos solares que tem o ciclo de morte e ressurreição de sua divindade solar. A forma como tantos humanos quanto andróides protegem a "programação" efetuada por esta inteligência superior colocam seus questionamentos tanto éticos quanto morais sendo colocados à prova o tempo todo.</p><p>Na minha opinião a série dialoga bastante com a linguagem tradicional do Ridley Scott e sua visão em ficção científica, onde sempre temos um futuro distópico, cheio de dificuldades à própria existência da humanidade e no qual a tecnologia é apenas um instrumento para efetuar a vontade "divina" - seja esta divindade a própria humanidade em sua arrogância ou o design inteligente de "arquitetos" alienígenas. Mesmo a série sendo criada e principalmente escrita pelo Aaron Guzikowski, a pegada do Ridley Scott é inegável e estou muito curioso para ver se minha hipótese tautológica está correta, o que só deve ser respondido em 2021 com a segunda temporada de "Raised by Wolves".</p><p>Em termos menos "filosóficos", a série me cativou bastante pela fotografia maravilhosa que remete constantemente aos filmes de ficção científica e fantástica dos anos 70 e 80 (ele parece uma mistura de Alien com A Lenda), sem contar que as atuações dos até então desconhecidos <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Amanda_Collin" target="_blank">Amanda Collin</a> (Mãe) e <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Abubakar_Salim" target="_blank">Abubakar Salim</a> (Pai) são impecáveis e com um carisma incrível. No balanço geral, adorei a série e pra mim ela é uma grata surpresa.<br /></p>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-18229528854905773192020-07-12T22:15:00.002-03:002020-07-12T22:21:40.541-03:00Podcast do Ausencialismo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9bRjstZqSpYVX_tfHxp12EtoieAz1MA78Lh4PEIym8bKOtBF0z2WzReJjAOLgbI2j1fE6in-lxfGdlmxI0igwW9p4rFOZJ-zJ8wV0S3K7sQkjFiqepMBXnbFykXkNTfLlsAHn0w/s1600/Ausencialismo_alt1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9bRjstZqSpYVX_tfHxp12EtoieAz1MA78Lh4PEIym8bKOtBF0z2WzReJjAOLgbI2j1fE6in-lxfGdlmxI0igwW9p4rFOZJ-zJ8wV0S3K7sQkjFiqepMBXnbFykXkNTfLlsAHn0w/s200/Ausencialismo_alt1.png" width="200" /></a></div>
Pois é, acabei me juntando à febre dos podcasts. Apesar de ser uma mídia de nicho específico, é algo com o qual acabei me identificando. E pensei outro dia; "tenho um computador, um microfone, uma interface de áudio e um monte de gente entediada na quarentena sem ter o que fazer..."<br />
<br />
Acabei criando o "Podcast do Ausencialismo" a partir da ideia de fazer um "podcast sobre o nada". Imediamente lembrei de todo mundo que já teve essa ideia antes de mim, de Jerry Seinfeld até o seu primo de terceiro grau. Mas sabe um tema que ninguém pensou antes?<br />
<br />
<a name='more'></a>Um podcast sobre algo que não "existe".<br />
<br />
A partir daí fui maturando a ideia que saiu de falar sobre algo que não "existe" para "como seria o mundo se algo em especial não existisse"? Isso dialoga diretamente o existencialismo filosófico, que diz que tudo aquilo que somos influencia o mundo ao nosso redor. Bem, e se algo "não fosse"?<br />
<br />
Pode parecer confuso, mas claro, a ideia do podcast é discutir isso tudo de forma bem humorada, leve e sempre sarcástica. Vocês seguir no seu agregador de feed de podcast favorito, <a href="https://anchor.fm/ausencialismo" target="_blank">diretamente neste link para o Anchor</a> que é a ferramenta de publicação que estou usando, <a href="https://anchor.fm/s/2a7b2af8/podcast/rss" target="_blank">assinando o feed RSS</a> ou simplesmente seguindo o podcast no Spotify.<br />
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O primeiro episódio brinca com a ideia de como seria nosso mundo sem "NERDS", escute abaixo e se quiser, deixe seu comentário (é sério, eu leio essas coisas).<br />
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<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="232" src="https://open.spotify.com/embed-podcast/show/0DzKyP4TJgGBa3DeerwJfF" width="100%"></iframe><br /></div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-89914685950390823472020-03-29T11:10:00.002-03:002020-03-29T11:10:43.061-03:00Música para a Quarentena<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8JaIWCGAUCrNqhIlvc4dOSjxd3LYglgj2i8PSHqwOHI_S8TotIRxSdBVXUwr3rAsxftvAJVc53OH5BfHpGp4_BG9GWUBUypvh-RC1H9otvSwLvMBinxPSZqTOYByFs4ucjBCLyw/s1600/general-wallpaper-preview.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="410" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8JaIWCGAUCrNqhIlvc4dOSjxd3LYglgj2i8PSHqwOHI_S8TotIRxSdBVXUwr3rAsxftvAJVc53OH5BfHpGp4_BG9GWUBUypvh-RC1H9otvSwLvMBinxPSZqTOYByFs4ucjBCLyw/s200/general-wallpaper-preview.jpg" width="200" /></a></div>
Nesta época tão dificil que todos estamos vivendo, as pessoas dotadas do mínimo de bom senso estão prezando pelo isolamento e distanciamento social devido à pandemia global do Coronavírus (COVID-19).<br />
<br />
A música é uma parte muito importante da minha vida e na minha experiência como músico, ela é capaz de ajudar a manter nossa cabeça no lugar. Obviamente, cada um funciona de uma forma completamente diferente do outro. Então estou compartilhando algumas das playlists que eu mesmo fiz no Spotify, se você curtir a ideia, segue lá e escute bastante. :)<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Quer dar uma relaxada? Curtir a vida? Esta playlist foi feita com a intenção de levantar o seu astral, a qualquer hora, basta botar pra tocar!<br />
<br />
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://open.spotify.com/playlist/5xb4LR4rM49DpZc4uTjcR7?si=oi_9NTRvQhG_G6uhy80QZA" target="_blank"><img alt="Happiness Induction Playlist" border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9C3MKztublQ4nK8wtWZMLrpLoqtzXBAnGxVcN7UX84FOamAyN-y6Vewcl0yPcun_1fLr6qxCyHbs-MkJXYKpfqcHgxUV1RYmDU_6blNfWYDI4VD8g-lgvea7YUCTFb5AtMV0T9Q/s320/Happiness.jpg" width="320" /></a></div>
<center>
<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="320" src="https://open.spotify.com/embed/playlist/5xb4LR4rM49DpZc4uTjcR7" width="320"></iframe></center>
<br />
<br />
Sua infância ou adolescência foram durante os anos 90? Esta playlist tem cheiro de naftalina e nostalgia para você! Incluindo o melhor do rock nos anos 90, sem restrições de gêneros e estilos!<br />
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<a href="https://open.spotify.com/playlist/7euCn3Ik8z87ym2NzJS75k?si=5MGrdYClTLSFxPYoj-oB9w" target="_blank"><img alt="90's Rock" border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wWYrSf8GA8hwnjumi0vVHMjU-bfu55hrUmU7ykJcDLVrLmY_875e39ZiUKOzjO94k_inW0YyWXP-sF6L5Q70_ZTj5Kq9zNQBGxoP6JA_1qPxvxm_gVbjrt_5zlbo-np7csB8Yg/s320/90%2527s+Rock.jpg" width="320" /></a></div>
<center>
<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="320" src="https://open.spotify.com/embed/playlist/7euCn3Ik8z87ym2NzJS75k" width="320"></iframe></center>
<br />
<br />
Lá entre 2004 e 2006 eu cheguei a trabalhar como DJ esporadicamente. Esta playlist é na verdade o setlist que eu toquei na saudosa boate Bunker 94 em Copacabana no Rio, quando fui convidado pelo meu amigo e produtor DJ Buba para tocar junto com ele como presente de aniversário. Uma noite inesquecível! E sim, eu uso Winamp até hoje.<br />
<br />
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<a href="https://open.spotify.com/playlist/6ejwtTO8bbk4x9ak3UUK2u?si=JzP9goXtRV6TyNvIKw7tFQ" target="_blank"><img alt="Bart's Bunker Birthday Playlist" border="0" data-original-height="375" data-original-width="375" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVTQwZ3NM-vlVukF8HPUoM0dyPTm9_eqAOs85bADrzd4JqIRuGa7Eac2iQBW71vfkQc7bPYAMa3Er7lQJuDSV7nr8U8IrKmX5NSY0OFyFuKEIaOTSouarzqhSq1Ug8S0ashWojWQ/s320/Bunker.jpg" width="320" /></a></div>
<center>
<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="320" src="https://open.spotify.com/embed/playlist/6ejwtTO8bbk4x9ak3UUK2u" width="320"></iframe></center>
<br />
<br />
Cansou das minhas músicas gringas malucas? Quer ouvir um som mais brazuca? Não tema! Esta playlist tem o melhor do rock brasileiro nos anos 80!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://open.spotify.com/playlist/42Z2vkfgsUJ6V9ZjK0GL4U?si=PGwxOOe4QMSDVr_7-X6S3g" target="_blank"><img alt="Rock BR 80" border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2kDb-FJZn-OKMdLZAs5-6fN4QIAai_cJ4nc3HYJ_Y-EAT9vG3tjg8-iYhpdevzQY4YGkd7YjdmhGB7YvFqTa2kITrnR8t8r7-JJvbh0gS-54zcABBVtBDgmOn_17kCfL_haIo7A/s320/Rock+BR+80.jpg" width="320" /></a></div>
<center>
<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="320" src="https://open.spotify.com/embed/playlist/42Z2vkfgsUJ6V9ZjK0GL4U" width="320"></iframe></center>
<br />
<br />
Agora a minha playlist favorita. Quer desestressar? Bater cabeça sozinho? Está em algum jogo online e precisa de uma trilha sonora para ajudar a estraçalhar seus adversários? Bota essa aqui no modo aleatório e seja feliz, muito feliz - com a graça de Dio.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://open.spotify.com/playlist/5LgLAqdGSePbFqhv4kvQ4h?si=q543Uu4YRACl6B8LQoe7uw" target="_blank"><img alt="Super Duper Killer Metal" border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxOR54Ejg0oxw2IuPNaXpbI4tjQiskeWW51JoRAI7saXytp0aTqiesGO91Ks39d9tXVLXz-URfjNxLwPAJPe4OSNkN4hyhGoQ-tObX79sJFNHmDHmgIdy_4K2v0r3e8-0w3GHb_g/s320/Super+Duper+Killer+Metal.jpg" width="320" /></a></div>
<center>
<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="320" src="https://open.spotify.com/embed/playlist/5LgLAqdGSePbFqhv4kvQ4h" width="320"></iframe></center>
<br /></div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-54377987266655498182019-12-31T15:06:00.000-03:002019-12-31T15:06:11.084-03:00Essa tal de Resiliência<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="reader-article-content" dir="ltr">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_Fa6UmEJFv0O_KeJfbrtOxTh1aNV7DM4Br23q4YwoCyXbqFkiV1Tnl6lwL5GsqDftcVgXJdOUqJDInq2Zt6aDePfBwMU-wfVkepf088pVZDIX9vY4keMx7ftaZaI3uaVM_Q6c-g/s1600/0.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="512" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_Fa6UmEJFv0O_KeJfbrtOxTh1aNV7DM4Br23q4YwoCyXbqFkiV1Tnl6lwL5GsqDftcVgXJdOUqJDInq2Zt6aDePfBwMU-wfVkepf088pVZDIX9vY4keMx7ftaZaI3uaVM_Q6c-g/s200/0.jpg" width="200" /></a></div>
</div>
2019 foi mais um ano muito desafiador na minha vida, mas ao mesmo tempo em que aconteceram muitas coisas que eu gostaria que nem sequer existissem, também tive novidades e vitórias incríveis. A melhor palavra para definir algo sem o qual eu não teria conseguido perseverar é "resiliência".<br />
<br />
Sim, este artigo é cheio de "corporativês" e publiquei há alguns meses no meu perfil do Linkedin. Segue aqui apenas um "bom conselho" e meus votos de que o ano de 2020 seja muito melhor para todos nós!<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Outro dia me perguntaram o quê é "<b>RESILIÊNCIA</b>". OK, vamos lá? Se pegarmos a definição no Dicionário (<a href="https://dicionario.priberam.org/resili%C3%AAncia" rel="nofollow noopener" target="_blank">Priberam</a>):<br />
<blockquote>
<i>re·si·li·ên·ci·a</i></blockquote>
<blockquote>
<i>(do latim resilio, -ire, saltar para trás, voltar para trás, reduzir-se, afastar-se, ressaltar, brotar)</i></blockquote>
<blockquote>
<i>1. [Física] Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação.</i></blockquote>
<blockquote>
<i>2. [Figurado] Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.</i></blockquote>
É
normal no meio corporativo e executivo que algumas palavras sejam
ressignificadas e para mim a tal da "resiliência" é uma destas. Quantas
pessoas que estão lendo isto aqui não foram ensinadas que ela na verdade
significa a capacidade de superar ou lidar com uma crise ou situações
desafiadoras emocionalmente?<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQEqSwNzSxCJeQ/article-inline_image-shrink_1500_2232/0?e=1583366400&v=beta&t=xFbT6vaGqDavyC99hnj1P_u1OTRnfWI3RoNMaWB-mC0" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="O pessimista diria que a carga é pesada. O otimista diria que pelo menos é uma esfera, não um cubo." border="0" data-li-src="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQEqSwNzSxCJeQ/article-inline_image-shrink_1500_2232/0?e=1583366400&v=beta&t=xFbT6vaGqDavyC99hnj1P_u1OTRnfWI3RoNMaWB-mC0" data-media-urn="" height="266" src="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQEqSwNzSxCJeQ/article-inline_image-shrink_1500_2232/0?e=1583366400&v=beta&t=xFbT6vaGqDavyC99hnj1P_u1OTRnfWI3RoNMaWB-mC0" width="400" /></a></div>
<br />
Bem,
quem entendeu desta forma, entendeu corretamente. Entretanto este é o
significado direto da palavra quando aplicado à resiliência psicológica.
É algo ligado ao âmago íntimo de cada indivíduo. Meu desafio é:
deveríamos utilizar a mesma definição, corriqueiramente, no meio
executivo?<br />
<br />
<b>Cenário: </b>seu gestor entrega uma
demanda com prazo extremamente curto, para a qual você tem recursos
limitados e a responsabilidade do resultado final é grande. Qual é o
sentimento que fica após esta situação? Frustração? Angústia? Ira,
talvez?<br />
<br />
A resiliência corporativa que queremos aplicar, no cenário
acima, nada mais é do que a capacidade de lidar com seus próprios
conflitos internos que sabotariam suas atividades, postura profissional e
o resultado do trabalho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQEvT4w8talpaA/article-inline_image-shrink_1500_2232/0?e=1583366400&v=beta&t=kKH2RYHdq87x2FRjFeR3bkbWcwnYb23TJhwYHXBsuxw" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Leões são apenas felinos grandes; pense grande, aja grande!" border="0" data-li-src="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQEvT4w8talpaA/article-inline_image-shrink_1500_2232/0?e=1583366400&v=beta&t=kKH2RYHdq87x2FRjFeR3bkbWcwnYb23TJhwYHXBsuxw" data-media-urn="" height="296" src="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQEvT4w8talpaA/article-inline_image-shrink_1500_2232/0?e=1583366400&v=beta&t=kKH2RYHdq87x2FRjFeR3bkbWcwnYb23TJhwYHXBsuxw" width="400" /></a></div>
<br />
Nenhuma
destas explicações ou significados são incorretos, porém é importante
ressaltar que não existe uma "fórmula mágica" para ter essa tal de
"resiliência". Na minha experiência cada indivíduo lida de forma
diferente com a necessidade de criá-la ou desenvolvê-la para os desafios
profissionais. Mas aqui vai um pequeno guia que talvez ajude muita
gente, apesar destes não serem regras gerais (afinal de contas, cada
pessoa é um universo diferente dos demais):<br />
<br />
<b>CORPO: </b>o
ditado "corpo são, mente sã" é muito real. Se você se alimenta bem, faz
exercícios ou esportes, não comete excessos, em suma, cuida da sua
saúde física, será capaz de lidar melhor com situações difíceis e
momentos de crise.<br />
<br />
<b>MENTE:</b> não reaja; pense!
Sempre tente entender os fatores que levam a decisões e criaram as
situações que te desafiam. O cérebro humano é nossa ferramenta mais
poderosa e que nos diferencia de todas as outras formas de vida no
planeta, cuide muito bem dele. Leia livros, faça terapia, divirta-se nas
horas vagas quando possível, busque cultura e enriquecimento
intelectual.<br />
<br />
<b>EMPATIA:</b> isto é muito importante...
Sempre faça um esforço para se colocar no lugar dos outros e tentar
entender como as pessoas ao seu redor se sentem com sua influência e
contribuição.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQHA7S-CEqLCkg/article-inline_image-shrink_400_744/0?e=1583366400&v=beta&t=vOoMCjbfpLkI3VkXzyBc-tbV6P45WFZPA6Sucrksj4o" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Você pode pensar que ele está lascado no meio do deserto ou que tem um desafio sensacional pela frente. Seja positivo!" border="0" data-li-src="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQHA7S-CEqLCkg/article-inline_image-shrink_400_744/0?e=1583366400&v=beta&t=vOoMCjbfpLkI3VkXzyBc-tbV6P45WFZPA6Sucrksj4o" data-media-urn="" height="207" src="https://media.licdn.com/dms/image/C4E12AQHA7S-CEqLCkg/article-inline_image-shrink_400_744/0?e=1583366400&v=beta&t=vOoMCjbfpLkI3VkXzyBc-tbV6P45WFZPA6Sucrksj4o" width="400" /></a></div>
<br />
Espero ter ajudado um pouco a quem ler este artigo. Lembrem que toda mudança pessoal só depende de nós mesmos. Um grande abraço!</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-27781199559521606932019-07-12T13:09:00.000-03:002019-07-12T13:32:27.698-03:00KeyForge para Leigos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFAw7SOpGBNVSLBdMU4QIqc1Hc1G69bDjc_seYtHjW08_VcdUD2n2OTvMldXszNbwWZ4wd7eoiObRdItUHy55RZWm6eZnvtv-jANJ2D38oOa-6H-ChGei0Dcz2O1aqFu8OgfVfzQ/s1600/paraleigos.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFAw7SOpGBNVSLBdMU4QIqc1Hc1G69bDjc_seYtHjW08_VcdUD2n2OTvMldXszNbwWZ4wd7eoiObRdItUHy55RZWm6eZnvtv-jANJ2D38oOa-6H-ChGei0Dcz2O1aqFu8OgfVfzQ/s200/paraleigos.png" width="200" /></a></div>
Recentemente comecei a jogar o KeyForge, que nada menos é que a nova criação do genial Richard Garfield, o lendário que criou o Magic: the Gathering, primeiro card game modern e líder neste segmento de mercado há 26 anos consecutivos no mundo inteiro.<br />
<br />
O conceito do jogo é incrível: cada deck é diferente do outro, o que a empresa que o lançou registrou como <i>Unique Deck<span class="ILfuVd"><span class="e24Kjd">™</span></span></i> (Deck Único). Na prática, cada baralho tem um nome único e uma combinação de 36 cartas para a qual a chance de haver outro baralho no mundo inteiro com exatamente a mesma combinação de cartas é de cerca de 1 chance em 41 trilhões. É nisso que dá pedir para um doutor em matemática combinatória criar um jogo onde todos os decks sejam diferentes uns dos outros.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Quando você adquire um deck de KeyForge, ele vem com uma carta de Arconte, que tem a lista completa das cartas no mesmo e um código QR, além do seu próprio nome único e uma ilustração que também é única. Todas as 36 cartas do deck vem com o nome e ilustração únicos no verso e com o nome na frente, no canto inferior direito.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg63GMteKSEbyhssGmuG2g7IhkghUk2Cse0TMWV0vJ5OQw21a802YZvMnxpoYHpk6MVRYn5SnYLRgzzHR0PNoXrk9BzJ8ZGxqVba-P46Db7ydNkk4l2-BFWLcMYk3MnA4eVxceQ9g/s1600/4t12m427gjg21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="576" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg63GMteKSEbyhssGmuG2g7IhkghUk2Cse0TMWV0vJ5OQw21a802YZvMnxpoYHpk6MVRYn5SnYLRgzzHR0PNoXrk9BzJ8ZGxqVba-P46Db7ydNkk4l2-BFWLcMYk3MnA4eVxceQ9g/s320/4t12m427gjg21.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
O mais interessante do KeyForge é justamente isso: você não pode montar um baralho com as cartas que quiser ou que tiver: tem que jogar com ele do jeito que foi aberto, com exatamente aquelas 36 cartas. Claro que alguns decks são naturalmente mais fortes do que os outros, mas o manual do jogo inclui regras para equilibrar as partidas (serão explicadas no final deste artigo). Agora vamos ao primeiro passo que é...<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-large;">1) O que eu devo comprar?</span><br />
<br />
O jeito mais rápido e mais fácil de começar é comprando a caixa básica do jogo, que vem com dois decks de treinamento para aprender a jogar, além de todos os marcadores, fichas e peças necessários e mais 2 Decks Únicos. Você até poderia comprar apenas Decks Únicos avulsos e jogar, mas ainda assim vai precisar dos marcadores, fichas e peças, então a menos que esteja disposto a entrar numa aventura de artesanato ou comprar fichas mais caras (porém mais bonitas) com os diversos fabricantes que estão lançando material de suporte ao KeyForge, reforço que o jeito mais fácil de começar com o jogo é comprando mesmo a sua caixa básica (vide imagem abaixo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaWeamlNzGX_soc_StVMlOup6Mtukx4cekq_Zb3IIhyphenhyphenN_k2DG-xKBHhMbLTd8VrsOrcJxUC9CDLmmcqAZPTi7yKYYLb4l0NNvxPpaah067594SZgaurlnrabfLHljowkPP8_lwvw/s1600/kf01_pp_spread.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="700" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaWeamlNzGX_soc_StVMlOup6Mtukx4cekq_Zb3IIhyphenhyphenN_k2DG-xKBHhMbLTd8VrsOrcJxUC9CDLmmcqAZPTi7yKYYLb4l0NNvxPpaah067594SZgaurlnrabfLHljowkPP8_lwvw/s400/kf01_pp_spread.png" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: x-large;">2) Então, estou com o jogo e agora?</span><br />
<br />
Agora você tem que aprender a jogar. ESTE NÃO É UM TUTORIAL PARA ENSINAR A JOGAR O KEYFORGE. A ideia deste tutorial é servir como guia para você entender seus primeiros passos dentro do jogo, como registrar decks e como entender seus decks. Se você quiser tutoriais mostrando de fato como jogar, <a href="https://www.youtube.com/results?search_query=keyforge+como+jogar" target="_blank">o YouTube já está cheio disso</a>.<br />
<br />
Em primeiro lugar, leia o manual que vem com a caixa pois ele já te ajuda neste início. Dúvidas surgirão? Sim. Então baixe o manual completo do jogo, que pode ser encontrado <a href="https://www.galapagosjogos.com.br/keyforge-chamado-dos-arcontes-starter-set/produto/KFG001" target="_blank">neste link aqui</a> (em português) ou <a href="https://www.fantasyflightgames.com/en/products/keyforge/#support-section" target="_blank">neste aqui em inglês</a>.<br />
<br />
O segundo passo, apesar de não ser obrigatório, é altamente recomendado. Para prosseguir, você vai baixar o app oficial do KeyForge na <a href="https://play.google.com/store/apps/details?id=com.fantasyflightgames.keyforge&hl=en" target="_blank">Google Play (Android)</a> ou na <a href="https://apps.apple.com/us/app/keyforge-master-vault/id1439378314" target="_blank">App Store (iOS)</a>. Em seguida, cadastre-se. Este cadastro é importante pois você vai atrelar seus Decks Únicos ao seu perfil e utilizá-lo para jogar torneios, sejam casuais ou competitivos nas várias lojas que já estão organizando eventos de KeyForge Brasil afora.<br />
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Com o cadastro feito, você deve agora escanear os códigos QR que vieram em seus Decks Únicos! Para cada deck que adicionar à sua coleção, você vai ganhar uma <i>Aembershard</i>, que também pode ser obtida jogando torneios e eventualmente trocados por itens de colecionadores, marcadores especiais entre outros. Siga os passos das fotos abaixo:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghoFOrAgoFE9-gnmrAMYER0CZuP5TcDUZ93P-fSwAwn74O3gHy11Ur0iumC_jRZie4qdcICKJ26omjLAXCyMadwSdAD-djECO_Rw4N05jQOACOnL7CiXvTUzGpZ4Rvo7CusP3xVA/s1600/unnamed.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="646" data-original-width="364" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghoFOrAgoFE9-gnmrAMYER0CZuP5TcDUZ93P-fSwAwn74O3gHy11Ur0iumC_jRZie4qdcICKJ26omjLAXCyMadwSdAD-djECO_Rw4N05jQOACOnL7CiXvTUzGpZ4Rvo7CusP3xVA/s320/unnamed.png" width="179" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidY_YgzQ7G7r0iWVqYknJw5WRZhtbb2gelKKMbe_fK5SQwMbhblG7DHfneSM6IrxW2nWzNaNJoVF2Wjkm867zwT9LZznmL5OLPL-hqLY5vEb7i4M-nstfw1Ci0VVsR2CY_wRn1LQ/s1600/unnamed2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="646" data-original-width="364" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidY_YgzQ7G7r0iWVqYknJw5WRZhtbb2gelKKMbe_fK5SQwMbhblG7DHfneSM6IrxW2nWzNaNJoVF2Wjkm867zwT9LZznmL5OLPL-hqLY5vEb7i4M-nstfw1Ci0VVsR2CY_wRn1LQ/s320/unnamed2.png" width="179" /></a></div>
<br />
E pronto, seu deck já estará registrado e atrelado ao seu perfil, bem seguro e sem problemas. <u><b>Evite mostrar fotos do seu código QR para outras pessoas</b></u>, especialmente para decks não-registrados, pois infelizmente a internet está cheia de gente estraga-prazeres que pode tentar "roubar" o registro do seu deck para si, apenas para pegar uma ou duas <i>Aembershards</i>. É triste, mas pode acontecer, então proteja seus decks se cadastrando e registrando-os.<br />
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<span style="font-size: x-large;">3) Mas e aí, meu deck é bom?</span><br />
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Esta é a pergunta de ouro. Definir o que é bom e o que é ruim é terrivelmente subjetivo. Números podem servir sim como uma medida básica para determinar o nível de poder de um deck, entretanto a forma como um jogador utiliza o deck e pilota suas cartas com sua própria habilidade, ou entendendo o estilo de jogo que as cartas exigem que ele tenha, tudo isso pode transformar um deck que em teoria, por ter números ruins, seja muito bom na prática.<br />
<br />
Aqui eu vou explicar os dois métodos de avaliação de decks mais populares que são o AERC e o SAS, utilizados pelo site <a href="https://decksofkeyforge.com/" target="_blank">Decks of KeyForge</a>. Eles se baseiam em modelos de avaliação arbitrários que foram bem aceitos pela comunidade de jogadores e hoje balizam a forma como entendemos o nível de poder bruto de um Deck Único.<br />
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Alguns minutos após registrar seu deck com o app oficial do jogo, sites como o Decks of KeyForge já conseguem recuperar seus dados, mas não se preocupe? Isso não tem nada a ver com hackers (nem o Telegram), é apenas um banco de dados global que avalia todos os decks existentes (que tenham sido registrados). Para encontrar seu próprio deck no site, basta procurar seu nome na ferramenta de busca do mesmo.<br />
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Agora, para ajudar a entender os números e métodos de avaliação, vou mostrar um dos meus decks, a <a href="https://decksofkeyforge.com/decks/2a636db9-e7b1-40be-afd3-ad8ca32ff527" target="_blank">Condessa Stone</a>. <br />
<br />
<b>SAS</b> é uma sigla para "<b>S</b>inergia e <b>A</b>nti-<b>S</b>inergia". Ela considera primeiro a qualidade e poder bruto das cartas no deck e então avalia se elas tem interações e funcionam bem juntas ("sinergia", por exemplo, uma carta que te ajude a ganhar recurso quando jogar artefatos, num baralho que tenha muitos artefatos) ou quando as cartas não funcionam tão bem juntas, podendo até se atrapalharem ("anti-sinergia").<br />
<br />
Usando o exemplo da Condessa Stone, ela tem SAS 70, o que foi alcançado com a seguinte conta:<br />
<blockquote class="tr_bq">
70 AVALIAÇÃO DAS CARTAS<br />
+5 SINERGIA<br />
-5 ANTISINERGIA<br />
------------------------------------<br />
70 SAS</blockquote>
Isto significa que o deck tem 70 de avaliação bruta do nível de poder das suas cartas, ganhando 5 pontos por cartas que funcionam bem juntas, perdendo 5 cartas que não funcionam bem juntas e chegando ao resultado final de 70.<br />
<br />
Quando você vê a <a href="https://decksofkeyforge.com/decks/2a636db9-e7b1-40be-afd3-ad8ca32ff527" target="_blank">página de um deck no site Decks of KeyForge</a>, o que é altamente recomendável, também tem acesso a gráficos que mostram como seu deck está posicionado frente à média global. É convenção entre os jogadores que um deck com SAS 90 ou mais é absolutamente sensacional (e bastante raros!), com SAS 80 ou mais é muito bom. A média ficaria entre SAS 70 e 80, decks entre 60 e 70 seriam abaixo da média e decks com menos de 60 de SAS não seriam muito bons. Certo?<br />
<br />
ERRADO. Como eu disse antes, cada deck pode ter um estilo de jogo ao qual o piloto precisa se adaptar. Não é por que os números dele não são tão bons que o jogador que o usa não será capaz de ganhar muitas partidas. Entender os números dos decks é importante justamente para descobrir seus pontos fortes e fraquezas - e trabalhar em cima disso. Agora vamos para o segundo método de avaliação:<br />
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<b>AERC</b> (pronuncia-se "ARC") faz uma avaliação mais detalhada do conteúdo de um deck baseado em 6 categorias diferentes, porém não considerando o poder individual das cartas, como o SAS faz. As categorias são:<br />
<br />
<b>Controle de <u>Â</u>mbar (A):</b> mede sua capacidade de fazer seu oponente perder âmbar, através de roubo, captura ou destruição, mas também de impedir que ele forge chaves ou atrase seus planos neste sentido.<br />
<br />
<b>Âmbar <u>E</u>sperado (E):</b> este número representa a capacidade das suas cartas de gerarem âmbar para você quando são jogadas ou com suas habilidades especiais (não com a Coleta básica). Quanto maior, muito melhor.<br />
<br />
<b>Controle de A<u>R</u>tefatos (R): </b>considera as cartas no deck capazes de remover e inutilizar artefatos, ou retardar o uso dos mesmos.<br />
<b></b><br />
<br />
<b>Controle de <u>C</u>riaturas (C):</b> considera as cartas no deck capazes de remover e inutilizar criaturas, ou retardar o uso das mesmas.<br />
<br />
<b>Manipulação de <u>D</u>eck (D):</b> mede a capacidade do deck de comprar e/ou jogar cartas extras, reutilizar cartas descartadas, procurar cartas no seu deck, impedir que seu oponente jogue cartas ou forçar que ele descarte. Este número é muito subjetivo, porém igualmente importante pois ele incorpora e quantifica o conceito de "Vantagem de Cartas", que é utilizado em quase todos os jogos de cartas existentes.<br />
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<b><u>P</u>oder Efetivo (P):</b> este número considera o poder total das criaturas no deck, porém o mesmo é modificado pois algumas criaturas tem poder efetivo maior ou menor que aquele impresso na carta, por terem habilidades específicas.<br />
<br />
Um deck com AERC acima de 60 é considerado por muitos como sendo muito bom, enquanto com AERC abaixo de 45 não sendo nem um pouco bom. Novamente, reforço que os números não são uma verdade absoluta e que com um bom piloto que entenda suas cartas, até decks com números "ruins" pode ser bom.<br />
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<span style="font-size: x-large;">4) Muito complicado, facilita aí pô</span><br />
<br />
OK. Recentemente foi lançado um app chamado <b>RanKey</b> (<a href="https://play.google.com/store/apps/details?id=com.lovatos.rankey&hl=en_US" target="_blank">Google Play</a> e <a href="https://apps.apple.com/us/app/rankey/id1469204704" target="_blank">App Store</a>). Baixe, instale e siga as instruções (você vai precisar do app oficial KeyForge Master Vault, que citei lá no início, para utilizar o RanKey). Eu ainda não entendi como o RanKey chega à sua avaliação final do deck, mas pelo menos ele puxa as informações do SAS e do AERC com bastante simplicidade e facilidade, para quem tiver preguiça de ver a avaliação muito mais detalhada do site <a href="https://decksofkeyforge.com/" target="_blank">Decks of KeyForge</a>. Veja abaixo como a minha Condessa Stone aparece na tela do app:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_DgU3PrDv0iTChUgK-0twrfHmq7G183-LRvzxyp68lnAJaUJDDl-cO7byMTWPHS_86a-sHbGVHXEf5XV2uYfZNp0dhPX8vE-X44PK-4CE8OKNXGBuoxelSk9V3REvucGNEe6WwA/s1600/photo_2019-07-12_12-54-06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_DgU3PrDv0iTChUgK-0twrfHmq7G183-LRvzxyp68lnAJaUJDDl-cO7byMTWPHS_86a-sHbGVHXEf5XV2uYfZNp0dhPX8vE-X44PK-4CE8OKNXGBuoxelSk9V3REvucGNEe6WwA/s320/photo_2019-07-12_12-54-06.jpg" width="180" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdziaiqNMn1MnIJ1E6_nUjvVv9QdIAWanEnoG_gn9KZB7ZZbZCb8b4DEfoeLLFXja615gaQbmrboYW7nUtPcoG6QQCrhj17CDosLRICPseXfflZcGzfjF4QZOcz6brpjz2OFLs9g/s1600/photo_2019-07-12_12-54-09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdziaiqNMn1MnIJ1E6_nUjvVv9QdIAWanEnoG_gn9KZB7ZZbZCb8b4DEfoeLLFXja615gaQbmrboYW7nUtPcoG6QQCrhj17CDosLRICPseXfflZcGzfjF4QZOcz6brpjz2OFLs9g/s320/photo_2019-07-12_12-54-09.jpg" width="180" /></a></div>
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<span style="font-size: x-large;">5) É só isso, acabou?</span><br />
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Sim, por hoje é só. O mais importante é jogar bastante o KeyForge e ensinar seus amigos e amigas também. :)</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-87807755350522957582019-02-08T08:33:00.000-02:002019-02-08T08:33:29.974-02:00Sobre a necessidade de se despedir<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF48YEfbjptsDpc6-_5CpXEVU9YSPHx0AyNCRkUX25VR9rt7lUi-EMNgTeOIqweGkz-MfwNCO7YSU6B08Se7xiCCyGT6uS1h2q6j4lipD3jtTvwpPeYiRd2-N1k02GNfFGizfPFw/s1600/12289650_1520610601593357_6382787626504829518_n.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="667" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF48YEfbjptsDpc6-_5CpXEVU9YSPHx0AyNCRkUX25VR9rt7lUi-EMNgTeOIqweGkz-MfwNCO7YSU6B08Se7xiCCyGT6uS1h2q6j4lipD3jtTvwpPeYiRd2-N1k02GNfFGizfPFw/s200/12289650_1520610601593357_6382787626504829518_n.png" width="200" /></a></div>
Este texto tem um cunho pessoal muito forte e não vejo outra forma de começá-lo sem dizer que em 2016 eu já passava por um processo depressivo bastante grave, por vários motivos que não precisam ser expostos aqui, talvez sendo mais adequados para uma sessão de psicoterapia ou uma mesa de bar com amigos e amigas queridos.<br />
<br />
E é justamente onde isso começa. Na cidade de Niterói eu sou de certa forma reconhecido por, bem... Não há outra forma de dizer isto: muito nerd. Mas conforme fui envelhecendo, a coisa foi mudando de forma, pois agora eu sou um "nerd das antigas". Comecei a jogar RPG em 1993 com 14 anos, viciei rápido. Fui para o Magic (jogo de cartas) em 1995, com 16 anos. Como a gente costuma dizer, "ganhei bastante XP".<br />
<a name='more'></a><br />
Muita gente me conhece e me reconhece na rua com frequência, talvez por que eu sempre fui "aquela" pessoa com paciência para ajudar novatos em jogos como Magic e RPG, talvez por que eu saiba a pergunta fundamental para a vida, o universo e tudo mais. Isso é discutível. Infelizmente nem sempre lembro do nome de todo mundo, apesar de ser conhecido também pela minha boa memória. Mas é muita gente, muitos nomes, muitos rostos. E eis que num dia desses aleatórios, lá no início de 2016, dois conhecidos meus vem me dizer que uma "cafeteria geek/nerd" abriria em Niterói, pertinho de onde eu moro, com a proposta de ser também um espaço para jogos (a.k.a. "luderia").<br />
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Pensei com meus botões: "que absurdo, como uma coisa dessas aconteceu na MINHA cidade sem eu saber ou permitir?!?!" Decidi ir nesta tal cafeteria logo após sua abertura para "aprovar" o local e ver se conhecia qualquer um dos donos, mesmo que fosse de vista. Quem já se envolveu com Niterói sabe que a cidade é terrivelmente provinciana e uma espécie de Triângulo das Bermudas Social no qual todo mundo se conhece, ou pelo menos tem uma versão bizarra do "Número Bacon" onde o resultado para todos é sempre zero ou um.<br />
<br />
A primeira impressão da tal cafeteria foi incrível. Admito, fui lá pra julgar mesmo e ao invés disso fiquei maravilhado com a decoração do lugar. Desde a escolha da palheta de cores da casa, num agradável verde escuro, vendo o logo do dragão cuspindo fogo, passando por toda a memorabília e referências geek até o nome: "<a href="https://www.facebook.com/dicenroll/" target="_blank"><b>Dice'n'Roll Coffee Tales</b></a>". Mal sabia que estaria assinando um atestado de que aquele viria a ser meu lugar favorito na cidade, em todos os tempos.<br />
<br />
O acolhimento que ganhei dos sócios-proprietários do empreendimento talvez tenha sido o principal. Para provar que a minha teoria sobre o "Número Bacon" de Niterói é real, dois deles haviam estudado na escola com a minha então esposa. A outra sócia não, mas como ela também é carioca e suburbana, a gente se deu bem imediatamente.<br />
<br />
Dos sócios desta pequena e corajosa cafeteria geek, ganhei não apenas um refúgio ou segundo lar, mas amizades maravilhosas que me ajudaram demais nestes últimos anos que foram tão difíceis. Pois eles são pessoas incríveis, as quais hoje me orgulho em dizer que são amigos de verdade (um deles virou até baixista da minha banda, mas isso é uma história para ser contada com mais rock'n'roll e cerveja). Estamos quase completando 3 anos deste grande círculo de amizades e histórias incríveis que a "Dice" proporcionou. Mas e a minha depressão, mencionada lá no início do texto, você perguntaria? Será que minha cabeça fritou ao ponto de não fazer mais sentido?<br />
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Eu melhorei. Antes disso piorei muito, tipo chegar ao fundo do poço mesmo, com uma pá para cavar mais ainda. Mas com a ajuda de amigos, alguns familiares e o apoio médico e terapêutico correto, melhorei. E ao longo de toda esta minha batalha ferrenha contra uma doença invisível e mortal, havia um tema em comum: a "Dice". Fosse para tomar um café de manhã (o que farei logo após terminar de escrever isto aqui), jogar cartas com amigos, descobrir novos jogos de tabuleiro interessantes ou até mesmo sentar no balcão para jogar papo fora.<br />
<br />
Esta cafeteria que daqui a uma semana encerrará definitivamente suas atividades foi um lugar onde fiz muitos amigos e amigas que hoje me são queridos demais. Gravamos matérias para jornais e televisão, fizemos eventos, arrecadações, reuniões, festas e viagens. Rimos muito, choramos (por quê não?), nos expressamos da forma mais honesta e sincera possível.<br />
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Lá eu me diverti bastante, mas também sofri, seja por ter enfrentado situações difíceis ou ter trazido pessoas para a minha vida que mais ajudaram do que atrapalharam. Mas o saldo é positivo, sempre muito positivo, pois o bem praticado e aplicado pelas pessoas que fazem parte desta grande família é muito maior do que qualquer coisa negativa que a vida queira jogar na minha direção.<br />
<br />
Se não fosse por estas pessoas, por estes amigos e amigas tão incríveis, por este sentimento de união e congregação num lugar tão carinhoso e acolhedor, não sei como estaria hoje em dia. Meu falecido avô Ernani uma vez me disse: "se você não tiver nada de bom pra falar de alguém, não fale nada. Se tiver algo de bom para falar, então faça isso sempre que puder." Pode parecer uma lição de moral simplista ou óbvia, mas é estarrecedor como a gente não tem mais o hábito de elogiar gratuitamente as pessoas que apreciamos nas nossas vidas.<br />
<br />
A toda a <b>família</b> da <b>Dice'n'Roll Coffee Tales</b>: muito obrigado.</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-27241228605226306642019-01-06T17:29:00.000-02:002019-01-06T17:29:26.956-02:00Commander para Leigos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU2g8MlY5Z78quAydD6NDBGkmkncJYjqphZYxpHTEpzvfFgkQBC50kB_c-WY8nN_RziQacTB8wkkVFwWzHKKwNnOw_oP-SzyK6t3ngR9Z3IzwFCeQz_2TEkykZ947PDSmyPfVbWQ/s1600/Untitled+1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU2g8MlY5Z78quAydD6NDBGkmkncJYjqphZYxpHTEpzvfFgkQBC50kB_c-WY8nN_RziQacTB8wkkVFwWzHKKwNnOw_oP-SzyK6t3ngR9Z3IzwFCeQz_2TEkykZ947PDSmyPfVbWQ/s200/Untitled+1.png" width="200" /></a></div>
Então pessoal, decidi finalmente compartilhar aqui algumas das minhas dicas sobre como montar um deck de Commander (EDH) para quem ainda não sabe direito o quê está fazendo.<br />
<br />
Commander (antigamente conhecido como EDH - Elder Dragon Highlander) é um formato de jogo do "Magic: the Gathering" com foco em mesas com mais de 2 jogadores. Uma partida de Commander normalmente tem entre 3 e 4 jogadores, sendo que com 5 ou mais o jogo pode ficar muito lento e moroso.<br />
<br />
Antes de ler meu guia, se você não conhece absolutamente nada do formato Commander, sugiro a leitura atenta da <a href="https://magic.wizards.com/pt-br/content/commander-format" target="_blank">página da Wizards of the Coast que o explica muito bem</a>. <br />
<br />
Para quem gosta muito de jogar Magic, Commander é o formato ideal para se divertir com um grupo de amigos e disputar até a morte (fictícia) quem é o rei da mesa!<br />
<br />
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<a name='more'></a><span style="font-size: x-large;">1) Escolha seu Comandante!</span><br />
<br />
Qualquer Comandante é bom desde que você se divirta jogando com ele. A única dica relevante é que você escolha um comandante com habilidades fortes ou que tenham sinergia com as outras cartas do deck. Por exemplo, se você quiser montar um deck "monoverde", "<a href="https://scryfall.com/card/mbs/92/pt/thrun-o-%C3%BAltimo-trol" target="_blank">Thrun, o Último Troll</a>" é uma carta bastante forte sozinho. Se você quiser montar um deck cheio de elfos, talvez seja melhor usar "<a href="https://scryfall.com/card/som/119/pt/ezuri-l%C3%ADder-renegado" target="_blank">Ezuri, Líder Renegado</a>" devido às suas habilidades que ajudam outros elfos.<br />
<br />
E claro, lembre que você só poderá ter cartas no seu deck da mesma
"identidade de cor" do seu comandante. Para descobrir quais cores um
comandantes (por via de regra, qualquer criatura lendária já criada no
Magic; mas há uma <a href="https://magic.wizards.com/en/game-info/gameplay/rules-and-formats/banned-restricted" target="_blank">pequena lista de banidas</a>) basta olhar a carta e
identificar todos os símbolos de mana diferentes impressos nela (no seu
custo de conjuração ou no texto da própria carta). <br />
<br />
Ao longo deste tutorial vou mostrar como montei meu deck favorito, um Controle Pillowfort com alguns Combos bem nojentos. A minha comandante escolhida é a "<a href="https://scryfall.com/card/a25/206/hanna-ships-navigator" target="_blank">Hanna, Ship's Navigator</a>" e eu a amo por alguns motivos: (1) foi uma das primeiras cartas que ganhei através do meu trabalho no programa de juízes, (2) ela me dá acesso às cores Azul e Branco (para montar um deck mais retranqueiro que o time de futebol da Itália em 1994), (3) vou abusar da habilidade dela de devolver artefatos ou encantamentos do cemitério para a minha mão e (4) a arte dela é linda demais, toda carta ilustrada pela <a href="http://www.tnielsen.com/" target="_blank">Terese Nielsen</a> é mais linda que quaisquer outras (pronto, falei).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMRvR8G3oEpRabN8JjG9AMAeArnWa9_tQbuiOytHTZIyaBaQOmYzwS3Wwx6K1KeX042ELMoX3kCHQTR-EAUkXd1vMDHC91dQMpZpN6gqg6SBgPuqgMYkO2XXIB_-c-i8pOGy_Vfw/s1600/photo_2019-01-06_16-28-49.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMRvR8G3oEpRabN8JjG9AMAeArnWa9_tQbuiOytHTZIyaBaQOmYzwS3Wwx6K1KeX042ELMoX3kCHQTR-EAUkXd1vMDHC91dQMpZpN6gqg6SBgPuqgMYkO2XXIB_-c-i8pOGy_Vfw/s400/photo_2019-01-06_16-28-49.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: x-large;"></span><br />
<span style="font-size: x-large;">2) Curva de Mana</span><br />
<br />
Numa partida de Magic ideal, você vai querer começar com uma mão inicial com 3 a 4 terrenos e 3 a 4 magias. Nos primeiros 4 ou 5 turnos, vai querer ser capaz de abaixar um terreno por turno e jogar algumas magias. Para fazer isso, é importante entender o conceito da "Curva de Mana".<br />
<br />
O custo convertido de uma magia é igual ao seu custo para ser conjurada, desconsiderando as diferenças de cores e custos extras ou adicionais. Por exemplo, um "Cavalheiro do Relicário" tem custo convertido (CC) 3: 1 mana incolor, 1 verde e 1 branco.<br />
<br />
A curva de mana é uma parábola que considera a quantidade de cartas de cada CC que você tem, começando no CC 1 e assim por diante. Exemplo:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJT5gRxowEtar58nCpkXBN55VdVrSwgbuFKTixgzU3Y2xFHWJYa17GZ__ePB_NuAh73mg17LBYTr0HAAV8Qp1puseK-weEC4-eUKxKJ4EYSAWtU_PSh8xn2hjdJ6C006VXJSwhQA/s1600/curva+de+mana.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="800" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJT5gRxowEtar58nCpkXBN55VdVrSwgbuFKTixgzU3Y2xFHWJYa17GZ__ePB_NuAh73mg17LBYTr0HAAV8Qp1puseK-weEC4-eUKxKJ4EYSAWtU_PSh8xn2hjdJ6C006VXJSwhQA/s400/curva+de+mana.png" width="400" /></a></div>
<br />
Na conta acima, peguei o meu deck da Hanna, separei os 37 terrenos, considerando apenas as outras 63 cartas (incluindo a Comandante) para calcular se a curva de mana está correta (o desenho segue uma parábola com ascensão e descenso). Outra forma de entender a curva sem ter que saber matemática de escola é simplesmente "abrir" o deck à sua frente, separando as cartas por CC:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXalNoj0zlFPfWwe_Bc84IZ_Kg5SvVOX1AQMJ8Ta0Eo48obiCJbux1uC7pXTlGMIFxHdM3mBxZbUk6HE4TwTvOABf2YDi-VjLjKE9XsnSh5jrFZ-JStdPvDCCF0y-4UCsCy9o7pg/s1600/curva+de+mana+%2528imagem%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="901" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXalNoj0zlFPfWwe_Bc84IZ_Kg5SvVOX1AQMJ8Ta0Eo48obiCJbux1uC7pXTlGMIFxHdM3mBxZbUk6HE4TwTvOABf2YDi-VjLjKE9XsnSh5jrFZ-JStdPvDCCF0y-4UCsCy9o7pg/s400/curva+de+mana+%2528imagem%2529.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
O "ideal" (muitas aspas nisso aí) é que um deck equilibrado tenha seu ponto alto na curva de custo convertido entre 4 e 5, mas também que a tal "curva de mana" realmente se assemelhe a uma "parábola suave". Nem todos os decks precisam seguir esta "regra" para a curva de mana... Mas é importante atentar que mesmo decks mais elaborados e cheios de mágicas de CC "alto" estão sujeitos às leis da matemática. ;)<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: x-large;">3) Fontes de Mana</span></div>
<br />
"Fontes de Mana" são terrenos, artefato que geram mana ("pedras de mana") ou magias que buscam terrenos ("magias de ramp") e os colocam em jogo e/ou na sua mão. Isto é importante para garantir que você tenha acesso às cartas na sua mão e possa utilizá-las de acordo com sua estratégia no momento certo.<br />
<br />
O ideal numa partida de Commander Multijogador é que no 5° turno você já consiga gerar pelo menos 5 manas de todas as cores possíveis no seu deck.<br />
<br />
Como vamos fazer isso? Colocando pelo menos 45 Fontes de Mana no deck. Exemplos:<br />
<br />
- 38 terrenos + 7 pedras de mana<br />
- 37 terrenos + 8 magias de ramp<br />
- 36 terrenos + 5 pedras de mana + 4 magias de ramp<br />
<br />
E assim por diante. Este cálculo deve ser ajustado de acordo com sua estratégia:<br />
<br />
- Decks "rápidos" (usam principalmente magias muito baratas): ~36 fontes de mana;<br />
- Decks "leves" (usam magias baratas no geral): ~40 fontes de mana);<br />
- Decks "normais": ~45 fontes de mana;<br />
- Decks "pesados" (usam magias muito caras e precisam de muito mana): ~50 fontes de mana.<br />
<br />
Sendo que:<br />
<br />
- Magias "baratas" tem custo convertido (CC) menos ou igual a 2;<br />
- Magias "normais" tem CC entre 3 e 5, constituindo a maior parte das magias num deck convencional;<br />
- Magias "caras" tem CC maior ou igual a 6.<br />
<br />
Seguindo o exemplo da minha Hanna, eu jogo com 37 terrenos mais 7 "pedras de mana" (um olhar mais atento verá a carta "Aço Esculpível" junto desta lista; o motivo é por que ela copia um artefato e com grande frequência quando jogo ela vira cópia de outra pedra de mana >:-] ), chegando a 44 fontes de mana (como vocês viram antes, minha curva de mana não é muito "pesada", então nunca senti necessidade de ter mais do que essas 44 fontes):<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4f9AbXI7FCX8mTdGJ4AV-qkVdio6XcSFwU2jns8qUPvatZz22vC1jpjQWJp_wLu8bPERfY1xQ3yCNpxvHF_UBbu4bMTYe2DJxiCznJHrPLG4_1Qw1PL-Wk1Nnz0kwquyaUVthng/s1600/photo_2019-01-06_16-29-09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4f9AbXI7FCX8mTdGJ4AV-qkVdio6XcSFwU2jns8qUPvatZz22vC1jpjQWJp_wLu8bPERfY1xQ3yCNpxvHF_UBbu4bMTYe2DJxiCznJHrPLG4_1Qw1PL-Wk1Nnz0kwquyaUVthng/s400/photo_2019-01-06_16-29-09.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(1) Pedras de Mana, (2) terrenos que geram mana branco e azul para correção de mana, (3) terrenos que só geram mana branco OU azul), (4) "fetch lands" malvadas para buscar ilhas e planícies bem rápido no jogo e corrigir a curva de mana, (5) uma <a href="https://scryfall.com/card/wth/165/pt/vale-dos-l%C3%B3tus" target="_blank">Vale dos Lótus</a> pois quem não tem essa carta, deveria ter e (6) terrenos que só geram mana incolor mas tem habilidades muito fortes e relevantes no jogo.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: x-large;"><br />4) Arquétipo</span><br />
<br />
A escolha do arquétipo do seu deck determinará o seu "recheio" (mágicas em geral). Claro que a escolha do Comandante também determinará o arquétipo a ser seguido e o mais importante: não existe algo como "certo" ou "errado" nestas escolhas. Em certas partidas você pode, por exemplo, ter um deck "agressivo" e se comportar de forma mais defensiva. Existem 3 tipos de arquétipos principais:<br />
<br />
<b>Midrange:</b> representa a maioria dos decks que existem. Decks midrange focam em montar uma mesa "estabilizada" (com boas fontes de mana, encantamentos, artefatos, criaturas, etc) para se preparar para a partir do "meio do jogo" (por isso "midrange" - "alcance médio") começar a jogar suas mágicas mais fortes e de fato dominar seus oponentes. Este arquétipo conta com uma mistura de criaturas e magias com custos convertidos variados para lidar com todas as etapas do jogo com conforto.<br />
<br />
<b>Aggro: </b>são os decks "agressivos" que tentam dominar o jogo desde o início, seja através de múltiplas criaturas na mesa ou removendo as criaturas dos oponentes e abrindo caminho para seus ataques. Estes decks normalmente focam em mágicas de CC leve e normal para iniciar as partidas indo para cima dos adversários.<br />
<br />
<b>Controle: </b>este arquétipo é para jogadores que tem paciência e escolhem a hora certa para jogar suas magias. Normalmente estes decks terão múltiplas formas de remover as cartas dos seus oponentes da mesa, com magias de CC normal para pesado e vão focar em se preparar para um jogo tardio ("late game") bem forte.<br />
<br />
Os arquétipos a seguir são mais avançados e normalmente estão "incluídos" em um dos arquétipos acima (um deck de "combo", por exemplo, pode ser midrange, aggro ou controle):<br />
<br />
<b>Atrito:</b> estes decks tem como objetivo esgotar os recursos de opções dos oponentes seja fazendo-os descartar suas mãos, perder seus terrenos ou jogar seu deck para o cemitério ("tombar cartas" ou "mill"). Este arquétipo joga em cima da opção de fazer seus oponentes sofrerem à míngua, até não terem mais opções.<br />
<br />
<b>Combo:</b> são decks com cartas que utilizadas juntas e/ou em certas combinações, podem te dar uma vantagem incrível ou até encerrar o jogo com a sua vitória. A sinergia entre as cartas de um bom combo podem ter permitir colocar infinitas criaturas na mesa, ou ganhar vida infinitamente, por exemplo. Devido ao seu alto poder "explosivo", decks de combo tendem a serem odiados por todos, menos seus donos.<br />
<br />
<b>Group Hug:</b> literalmente de "abraço em grupo"; a ideia do arquétipo é que suas magias tragam benefícios não apenas para você, mas para seus oponentes também, tais como colocar mais terrenos na mesa, ganhar vida ou comprar cartas! É um tipo de estratégia bastante política e difícil de se usar, pois em algum momento você terá que tirar suas cartas da manga e mostrar mais pode que seus adversários.<br />
<br />
<b>Pillowfort:</b> é o deck de "fortinho de almofadas" e tem como objetivo impedir que você seja atacado ou sofra dano. Mais conhecido como "retranca braba", estes decks normalmente seguem estratégias de controle muito fortes, ou tem combos muito poderosos para encerrar o jogo de forma categórica.<br />
<br />
<b>Voltron:</b> é uma estratégia que gira em torno de aumenta o poder de uma única criatura, normalmente seu Comandante, para que ele ataque desimpedido e ganhe o jogo rapidamente para você. Este arquétipo contra com magias (encantamentos, artefatos, até outras criaturas e quiçá terrenos) que vão deixar seu "Voltron" mais forte, resistente e até imbloqueável.<br />
<br />
Vamos adiante com o meu exemplo? Vejam isto aqui:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGxqrVDjixzGIN-mcQgQI-0ejaS0NAu-HYUCMVW87q0W7kDcTl9AyVPiFkjSKhGDzeOatTF97cQtWUFyakyXua3PgzalhPJ4KRftSn-HOdlRNIu8xQKLxIl0G7Lfkm_8DqyqM7fA/s1600/photo_2019-01-06_16-29-20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGxqrVDjixzGIN-mcQgQI-0ejaS0NAu-HYUCMVW87q0W7kDcTl9AyVPiFkjSKhGDzeOatTF97cQtWUFyakyXua3PgzalhPJ4KRftSn-HOdlRNIu8xQKLxIl0G7Lfkm_8DqyqM7fA/s400/photo_2019-01-06_16-29-20.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Eu decidi montar minha Hanna como um deck de <b>Controle</b>, então preciso de muitas remoções de criaturas e outros tipos de permanente (<i>legenda 4 acima</i>) e anulações perversas para atrasar o jogo e me proteger (<i>legenda 5 acima</i>). Como meu deck também é um <b>Pillowfort </b>eu preciso me defender - bastante! Por isso tenho muitas cartas para me resguardar contra os ataques e maldades dos meus oponentes (<i>legenda 3 acima</i>) e também muitas cartas para procurar outras cartas ("tutores") e comprar bastante cartas para acelerar minha estratégia (<i>legenda 2 acima</i>; um dia escrevo um artigo falando sobre "card advantage", mas isto não será hoje). Para completar, eu tenho alguns<b> Combos</b> bem nojentos para acabar com o jogo ou destruir a vontade de viver dos meus oponentes (<i>legenda 1 acima</i>).<br />
<br />
Estes aqui são dois dos meus Combos favoritos:<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4kngT4gCd9nKgsZvHVQfprkpi0WPLVYD5yarEjtPybzqDo_uFVrJSd89abqBdldsleoz8SiiLM8fHXLB8Zpo0VH3vMP-FNJ2Dui_TW8Ksguvvp4uVtP4YHF7b_sWJp1RPhZ7WUg/s1600/photo_2019-01-06_16-29-29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4kngT4gCd9nKgsZvHVQfprkpi0WPLVYD5yarEjtPybzqDo_uFVrJSd89abqBdldsleoz8SiiLM8fHXLB8Zpo0VH3vMP-FNJ2Dui_TW8Ksguvvp4uVtP4YHF7b_sWJp1RPhZ7WUg/s400/photo_2019-01-06_16-29-29.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Com <a href="https://scryfall.com/card/exo/40/pt/mente-sobre-mat%C3%A9ria" target="_blank">Mente Sobre Matéria</a> na mesa e o <a href="https://scryfall.com/card/c16/277/pt/sino-do-templo" target="_blank">Sino do Templo</a>, basta você virar o Sino, fazer todo mundo comprar uma carta, descartar uma carta, virar o Sino novamente e continuar fazendo isso até os decks dos oponentes acabarem. E se o meu deck também acabar? Basta ter um <a href="https://scryfall.com/card/roe/12/pt/ulamog-o-v%C3%B3rtice-infinito" target="_blank">Grande Eldrazi</a> na mão para ser descartado ou no deck que você embaralha ele e seu próprio cemitério no seu deck e continua combando!!!</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpD5UIqQdufD85DCqMKWbK3Nu52hOSwJHihhXrA81L9a2vKX0Hxd-w0qZB-t-9sJsEjWUJAWutNBxwJVkSJCFfYwqk_KQk4t5H8jdj5zSsodczHhNxfouCjHYrTOKSlRY9iomiZg/s1600/photo_2019-01-06_16-29-26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpD5UIqQdufD85DCqMKWbK3Nu52hOSwJHihhXrA81L9a2vKX0Hxd-w0qZB-t-9sJsEjWUJAWutNBxwJVkSJCFfYwqk_KQk4t5H8jdj5zSsodczHhNxfouCjHYrTOKSlRY9iomiZg/s400/photo_2019-01-06_16-29-26.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Com o <a href="https://scryfall.com/card/shm/140/pt/entardecer-encantado" target="_blank">Entardecer Encantado</a> na mesa todas as permanentes (incluindo dos seus oponentes) são encantamentos também. Inicie sua <a href="https://scryfall.com/card/tor/3/pt/medita%C3%A7%C3%A3o-purificadora" target="_blank">Meditação Purificadora</a> com pelo menos 7 cartas no seu cemitério e sabe o quê vai acontecer? Todas as permanentes em jogo, incluindo os terrenos, são destruídos... Mas as suas cartas que forem destruídas assim voltam para o jogo. Nesta hora normalmente todo mundo na mesa concede e decide ir para a próxima partida.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
E aí, curtiu o guia? Deixe seu comentário e não esqueça de dizer qual é o seu/sua comandante favorito(a). :)</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-82026710112915961782018-10-26T15:38:00.003-03:002022-06-20T09:20:53.307-03:00Cyberfunk<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg33VTyRecNd8WbHOx8wMczThnsGte_HcZNlSDc7hb0Isi_6yHmCx_dls2pahBqTY2Jbie-9AFrgXEkr5ZQ5z8cIEpvSCSPSPLMi990SCoCEl01ePyEX48hTMvb1v2a-h9OYQe-3dIbOuvgkzHa5dG4RYr4rTCUUIETAG8DUdTUgSi63xTrN70/s800/1%20ToNPq6gzB5C7eWJEcDmy_w.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg33VTyRecNd8WbHOx8wMczThnsGte_HcZNlSDc7hb0Isi_6yHmCx_dls2pahBqTY2Jbie-9AFrgXEkr5ZQ5z8cIEpvSCSPSPLMi990SCoCEl01ePyEX48hTMvb1v2a-h9OYQe-3dIbOuvgkzHa5dG4RYr4rTCUUIETAG8DUdTUgSi63xTrN70/w200-h200/1%20ToNPq6gzB5C7eWJEcDmy_w.jpeg" width="200" /></a></div></div>
<div style="text-align: justify;">
O Cyberpunk é um sub-gênero de ficção científica futurista onde elementos de alta tecnologia e distopia social se misturam para criar um clima geralmente "noir". Dois de meus escritores favoritos, Philip K. Dick e William Gibson, são grandes nomes do gênero, quiçá os maiores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O termo virou praticamente uma sub-cultura, pelo menos para aqueles que já perceberam que estamos vivendo neste mundo futurista distópico previsto por escritores entre 30 e 50 anos atrás. Sim, as coisas podem ser diferentes de como eles visualizaram, mas as mensagens e indícios são fartos. Eu sempre disse que o futuro da humanidade pode ser visto através do prisma das palavras de grandes escritores de ficção: com Jules Verne nós ousamos sonhar. Com Isaac Asimov nós começamos a construir ideias. Mas se a visão do Philip K. Dick se concretizar, estamos bem ferrados. </div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é neste mundo de hoje onde vemos os tais "hackers" dos anos 80 crescerem e "viralizarem" graças aos avanços tecnológicos que permitem que muitas famílias tenham computadores em casa. Quem cresceu lendo essas histórias, vendo os filmes e criando ídolos na cabeça, é apaixonado pelo gênero Cyberpunk. Inclusive se "define" como "Cyberpunk". Querem ser revolucionários, querem lutar apenas com seu intelecto e conhecimento contra um sistema. Mostrar que o homem comum tem poder.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente muitos estão agora sendo integrados à distopia. Era de se imaginar que eventualmente os rebeldes "Cyberpunks" se venderiam, virariam casaca. Passariam a trabalhar a favor do establishment, não contra. Na verdade foi muito fácil integrá-los, hoje em dia basta mencionar as palavras "empreendedorismo" que eles babam, sonhando em virar o novo Bill Gates, Steve Jobs ou Mark Zuckerberg.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso eu chamo estes hoje de "Cyber<b>FUNK</b>". A palavra "funk", no inglês americano, denomina um estado depressivo, triste. Em inglês britânico, é algo como "covarde". O consenso é que ela pode ser usada para denominar uma pessoa que foge da realidade se deprimindo ou por medo (o que é até engraçado por ter virado o nome de um gênero musical tão alegre e divertido).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso que eu digo: estes CYBERFUNKS são covardes, são pessoas que não querem enxergar que tem nas mãos o poder de construir algo realmente bom, mas acabam recaindo no individualismo e egoísmo. Se vendem fácil e não tem ética sólida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aposto que quem estiver lendo isso aqui conhece muitos assim.</div>
</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-65007560640872338952018-10-17T10:19:00.000-03:002018-10-26T17:32:40.791-03:00Melhor ser ateu do que um católico hipócrita?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZO12qR4juZy91pdQMq5xjQKkIe8Lv4DMlzvr8tFHBbMp-hfdqHQ1m0heaouczpz8yB_Oao9akgvEaw64bmDUub6ah5Qal5IpyqmvtJAGfeR5EzJdW6a_cKdYm69-e-huGDI4Bow/s1600/2013055645.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="300" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZO12qR4juZy91pdQMq5xjQKkIe8Lv4DMlzvr8tFHBbMp-hfdqHQ1m0heaouczpz8yB_Oao9akgvEaw64bmDUub6ah5Qal5IpyqmvtJAGfeR5EzJdW6a_cKdYm69-e-huGDI4Bow/s200/2013055645.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje tive uma discussão desagradável, obviamente no Facebook. Um amigo, católico, <a href="https://exame.abril.com.br/mundo/papa-sugere-que-e-melhor-ser-ateu-do-que-catolico-hipocrita/" target="_blank">postou este artigo</a> onde Papa Francisco sugere que "é melhor ser ateu do que católico hipócrita." Obviamente, um amigo dele veio em cima dizer que era mentira, que ele não havia falado nada daquilo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos comentários depois, basta dizer que eu cheguei ao site do Vaticano, onde há transcrições de tudo o que os papas falam (isso me surpreendeu mesmo). Eis o que o Chicão disse, <a href="http://w2.vatican.va/content/francesco/it/cotidie/2017/documents/papa-francesco-cotidie_20170223_non-rimandare-la-conversione.html" target="_blank">com suas próprias palavras</a>, na manhã do dia 23 de Fevereiro de 2017:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i>Ma cosa è lo scandalo? Lo scandalo è dire una cosa e farne un’altra; è la doppia vita. Un esempio? Io sono molto cattolico, io vado sempre a messa, appartengo a questa associazione e a un’altra; ma la mia vita non è cristiana, non pago il giusto ai miei dipendenti, sfrutto la gente, sono sporco negli affari, faccio riciclaggio del denaro. Questa è una doppia vita. Tanti cattolici sono così, E questi scandalizzano. <b>Quante volte abbiamo sentito, nel quartiere e in altre parti: "Ma per essere cattolico come quello, meglio essere ateo"</b>.</i></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, eu não falo italiano, mas creio que a tradução abaixo não esteja completamente equivocada: </div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i>Mas qual é o escândalo? O escândalo é dizer uma coisa e fazer outra; é a vida dupla. Um exemplo? Eu sou muito católico, sempre vou à missa, eu pertenço a esta associação e a outra; mas a minha vida não é cristã, eu não pago o direito aos meus empregados, eu exploro pessoas, sou sujo no meu negócio, faço lavagem de dinheiro. Esta é uma vida dupla. Tantos católicos são assim, e estes escandalizam. <b>Quantas vezes ouvimos, no bairro e em outras partes: "Mas para ser católico assim, melhor ser ateu"</b>.</i></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos lá. O tal amigo do amigo em questão veio dizer que eu não sei interpretar texto, mas gosto de achar que essa é uma das poucas coisas que faço bem na vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que o Papa Francisco disse, como todas as letras, é que é melhor ser um ateu do que um católico desonesto. Talvez hipócrita não seja aplique corretamente. Claro, ele em seu discurso usou recursos de narrativa para se aproximar do interlocutor, por isso disse: <i>"ouvimos, no bairro e em outras partes"</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este é um recurso para criar empatia e vínculo com quem ouve ou lê. "Não sou EU quem está falando, você ouve isso por aí", é o que ele está dizendo. E mais ainda: ele está concordando. Lembremos que este é um sermão do Papa, ele está tentando repassar sua opinião, condenando a atitude de católicos que agem da forma acima descrita.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo, sim, o papa acha que é melhor ser ateu do que um católico desonesto/hipócrita. E foi necessário um ateu como eu "desenhar" isso pois pelo visto há muitos cristãos tão desonestos e hipócritas por aí quanto o Papa Francisco acusou.</div>
</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-5141372692021813272018-07-06T09:06:00.001-03:002020-02-06T09:39:45.464-03:00Quem é Deus?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjrvV_r3tvvWZ32OZRJDvqzD1OG9xV8yMaP74jfksoV_lQory-xBcWHvUHncg3JLhLGzVUmurVSzMRhLu8zsKD_62dQ4PzmFkr1Slpg5ws49UCT929iwZ4WPEfzz400bVzvkkVlQ/s1600/3052297-poster-p-1-monty-python-fans-its-your-holy-grail-14-minutes-of-lost-terry-gilliam-animation-1024x576.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="511" data-original-width="511" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjrvV_r3tvvWZ32OZRJDvqzD1OG9xV8yMaP74jfksoV_lQory-xBcWHvUHncg3JLhLGzVUmurVSzMRhLu8zsKD_62dQ4PzmFkr1Slpg5ws49UCT929iwZ4WPEfzz400bVzvkkVlQ/s200/3052297-poster-p-1-monty-python-fans-its-your-holy-grail-14-minutes-of-lost-terry-gilliam-animation-1024x576.jpg" width="200" /></a></div>
Quando criança perguntei pra minha avó, que era católica-padrão-tipo-vovó-da-Turma-da-Mônica, quem é Deus. Ela disse:<br />
<a name='more'></a><br />
"Deus é o papai do <a href="https://i0.wp.com/www.fatosdesconhecidos.com.br/wp-content/uploads/2015/09/maxresdefault14.jpg?resize=900,420" target="_blank">céu</a>, que está sentado lá nas nuvens com os anjinhos e o <a href="http://www.prayerflowers.com/trinity.jpg" target="_blank">menino Jesus</a>."<br />
<br />
Nossa. Complexo. Renascentista. Aí perguntei para meu pai, que é Rosa-Cruz e todo místico, cheio de gere-geres, quem é Deus:<br />
<br />
"Deus é o tudo e é o todo, é a energia que envolve o universo e toda a existência, que está em nós e em tudo o que nos cerca."<br />
<br />
Ah tá, deus é a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_(Star_Wars)" target="_blank">Força</a>, beleza. Então perguntei pra minha mãe quem é Deus. Ela responde:<br />
<br />
"Deus não existe."<br />
<br />
PORRA ISSO É MUITO MAIS FÁCIL CARALHO. Se tivessem me dito logo de cara eu não perdia tempo tentando entender.<br />
<br />
Por favor, não confundam as crianças, sejam mais diretos.</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-58566015406096653292018-02-17T13:04:00.001-02:002018-02-17T13:04:55.353-02:00O Burro no Atoleiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4InfvpmY1n-w_5lh2Xige9EV-xc5MjJLKowEWQZWYUGKUsfuJT2JcrdX32QopOMA6tYlbd6PGveYM4JoFqHbSo6vjrMt1k7eOGhDmQ_OPpEoHCq4JmA3PtDS6KFnGy1TBdvIqRw/s1600/preview-2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4InfvpmY1n-w_5lh2Xige9EV-xc5MjJLKowEWQZWYUGKUsfuJT2JcrdX32QopOMA6tYlbd6PGveYM4JoFqHbSo6vjrMt1k7eOGhDmQ_OPpEoHCq4JmA3PtDS6KFnGy1TBdvIqRw/s200/preview-2.png" width="200" /></a></div>
Era uma vez uma fazenda, cheia de animais de todos os tipos. Um deles era um burro de carga bem velhinho, que de tão idoso já não aguentava mais fazer seu trabalho. Certo dia o fazendeiro decide pegar a carroça e levar o burro para um atoleiro longe da sua fazenda, pois quando ele morresse sua carcaça poderia atrair urubus e outras pragas indesejadas.<br />
<br />
Para a viagem, ele atrelou seu cavalo favorito a uma carroça. Com o burro na traseira, eles começaram o caminho que durou algumas horas. Chegando ao destino, o fazendeiro soltou o burro velho no atoleiro, na esperança de que ele prendesse seus cascos em algum canto e ali ficasse.<br />
<a name='more'></a><br />
O burro olhou nos olhos do cavalo e perguntou por quê ele havia ajudado o fazendeiro a abandoná-lo ali, naquele lugar ermo e tão ruim. O cavalo replicou que estava apenas fazendo seu trabalho e que se o burro não quisesse ser abandonado para morrer, que tivesse se esforçado mais. Resignado, o burro iniciou um trote em direção à morte solitária.<br />
<br />
Quando o fazendeiro voltava com o cavalo e a carroça para a fazenda, começou a chover muito. Em certo momento o cavalo se assustou com um relâmpago e tropeçou abaixo numa ribanceira de barro e lama, escorregando e caindo no chão, sentindo uma dor aguda e horrível. O peso da carroça havia caído todo em cima de suas pernas traseiras, partindo os ossos em vários pedaços.<br />
<br />
O fazendeiro olhou desconsolado para o cavalo, que era seu favorito e trabalhava muito bem. Então iniciou o caminho de volta à fazenda, para arrumar outro animal com o qual pudesse voltar no dia seguinte e recuperar a carroça.<br />
<br />
Já o cavalo, este nem sequer conseguia acreditar na ironia de tudo. Pois ele nunca achava que seria abandonado, assim, como um burro no atoleiro.Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-49549004005971143092018-02-07T14:03:00.002-02:002018-02-07T14:05:14.308-02:00A luta por um futuro<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="53pk7-0-0">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6IKSUbfPcYL2nuPvjMyv0S_AxheQmlxCip0C5gRer6rY1HRwpWMwZl_ygZchGXZKkwNgDG5_WoMELzcFG5m7uCCDuzP1S8O0DUxSCoqxuhKc7c-TbF7bk-vmz-UTG34nJNMegGQ/s1600/falconheavy-RTX4RJ0W.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1088" data-original-width="1088" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6IKSUbfPcYL2nuPvjMyv0S_AxheQmlxCip0C5gRer6rY1HRwpWMwZl_ygZchGXZKkwNgDG5_WoMELzcFG5m7uCCDuzP1S8O0DUxSCoqxuhKc7c-TbF7bk-vmz-UTG34nJNMegGQ/s200/falconheavy-RTX4RJ0W.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="1q1bf-0-0">
<span data-offset-key="1q1bf-0-0"><span data-text="true">Ontem a SpaceX do excêntrico Elon Musk fez história ao realizar o vôo de teste da Falcon Heavy e conseguir recuperar sem danos os dois propulsores auxiliares.</span></span><br />
<br />
<span data-offset-key="1q1bf-0-0"><span data-text="true">Foi com certeza um dos passos mais sólidos da nova corrida espacial, que na minha opinião é o único caminho para o futuro da humanidade, tanto em termos científicos como econômicos.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="28tvg-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="28tvg-0-0">
<span data-offset-key="28tvg-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="652ke-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="652ke-0-0">
<span data-offset-key="652ke-0-0"><span data-text="true">A estimativa de custo de um lançamento similar da NASA fica em torno de um bilhão de dólares, enquanto a SpaceX trabalha para manter um custo de 90 milhões de dólares por lançamento.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="86p2b-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="86p2b-0-0">
<span data-offset-key="86p2b-0-0"></span><br />
<a name='more'></a><span data-offset-key="86p2b-0-0"><span data-offset-key="652ke-0-0"><span data-text="true">Sim, apenas 9% do custo de um lançamento da NASA.</span></span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="dv9a0-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dv9a0-0-0">
<br />
<span data-offset-key="dv9a0-0-0"><span data-text="true">O único caminho em direção a um futuro mais positivo reside na nossa união em torno de objetivos comuns, incluindo buscar um novo sistema econômico que substitua o capitalismo e outras tentativas frustradas como o comunismo.</span></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="4bv1o-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4bv1o-0-0">
<span data-offset-key="4bv1o-0-0"><br data-text="true" /></span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="ad1ot" data-offset-key="2d33h-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="2d33h-0-0">
<span data-offset-key="2d33h-0-0"><span data-text="true">Nós não deveríamos mais brigar por migalhas e sim sonhar com o que há além do azul celeste.</span></span></div>
</div>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-67929555542392309782018-01-12T15:01:00.002-02:002018-01-12T15:01:48.626-02:00Por quê não devemos tolerar o Bolsonaro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1X6RIXhYbKvPIGpoAs_qfcCz2Nklis7iDpSFzL9j6qQbdxU5NnzPywrci63PT-v_emhtcjj0Z0V9CA4ShvJ4WqEVCaC1Ubn8trKaRQnckdd4aOztEchuHy5Qm-HzSAfdabinRmA/s1600/proibido.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="495" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1X6RIXhYbKvPIGpoAs_qfcCz2Nklis7iDpSFzL9j6qQbdxU5NnzPywrci63PT-v_emhtcjj0Z0V9CA4ShvJ4WqEVCaC1Ubn8trKaRQnckdd4aOztEchuHy5Qm-HzSAfdabinRmA/s200/proibido.jpg" width="197" /></a></div>
É convenção que frases como "oferecer a outra face" ou "aceitar e conviver com as diferenças" façam parte do arsenal de um pacifista, ou de alguém que esteja tentando mudar o mundo através da empatia e tolerância. Infelizmente cheguei num ponto da minha vida onde percebi o quão equivocada é tal tática. Talvez para entender o quê é a real intolerância, seja necessário ser parte da minoria ou grupo que é alvo desta. Eu sou homem, branco, hetero, CIS. Não faço parte de minorias. Já o filósofo austríaco <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Popper#De_comunista_a_liberal" target="_blank">Karl Popper</a>, judeu que fugiu da Europa para sobreviver ao Nazismo, teorizou o "<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo_da_toler%C3%A2ncia" target="_blank">paradoxo da tolerância</a>":<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>"Tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos tolerância ilimitada até mesmo para aqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante contra a investida dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância junto destes. (...) Nós devemos portanto declarar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante."</i><br />
<a name='more'></a></blockquote>
E este é o direito que eu invoco - não posso mais tolerar uma figura pública como a do deputado federal Jair Messias Bolsonaro. Mas ao invés de criticá-lo, ofendê-lo ou algo do tipo, simplesmente vou listar todos os pontos que demonstram que ele é uma pessoa intolerante e odiosa:<br />
<br />
<b>1) <a href="https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/11/16/stj-rejeita-recurso-de-bolsonaro-apos-ser-condenado-por-ofensas-a-maria-do-rosario.htm" target="_blank">Incitação ao Crime</a></b><br />
Resultado: condenado, com recurso negado<br />
<br />
<b>2) <a href="https://www.gazetaonline.com.br/noticias/politica/2017/11/bolsonaro-e-condenado-a-pagar-r-150-mil-a-fundo-de-defesa-lgbt-1014106758.html" target="_blank">Homofobia</a></b><br />
Resultado: condenado, com recurso negado<br />
<br />
<b>3) <a href="https://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-e-condenado-por-comentario-racista-contra-quilombolas-leia-a-integra" target="_blank">Racismo</a></b><br />
Resultado: condenado, ainda cabe recurso<br />
<br />
<b>4) <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/conselho-de-etica-livra-bolsonaro-de-processo-por-apologia-tortura-20440386" target="_blank">Apologia ao Crime</a></b><br />
Resultado: absolvido pelo Conselho de "Ética" da Câmara<br />
<br />
<b>5) <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-empregou-ex-mulher-parentes-dela-no-legislativo-22143135" target="_blank">Nepotismo</a></b><br />
Resultado: por incrível que pareça, a "Lei do Nepotismo" só foi normatizada pelo STF em 2008.<br />
<br />
<b>6) <a href="http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jair-messias-bolsonaro" target="_blank">Terrorismo</a></b><br />
Resultado: absolvido pelo Superior Tribunal Militar<br />
<br />
Com relação a este último, vale notar que a famosa "Operação Beco Sem Saída", planejada entre 1986 e 1987, consistia em plantar e detonar explosivos em instalações militares, assim como na adutora do Rio Guandu, que fornece toda a água tratada do Rio de Janeiro e região metropolitana, configurando-se uma tentativa planejada de atentado contra a população do estado.<br />
<br />
O Bolsonaro foi absolvido pelo STM pois o laudo pericial (feito pela Polícia do Exército) disse que não era possível comparar a caligrafia dele nos croquis do ataque, pois a mesma foi feita com <u>letra de forma</u>. Isto coloca uma grande interrogação sobre o julgamento do STM e a idoneidade do laudo pericial, visto que posteriormente este foi contestado e desmentido pela Polícia Federal, que confirmou a caligrafia do Bolsonaro. Entretanto, ele já havia sido absolvido e livre para iniciar uma longa e polêmica carreira política.<br />
<br />
Pode parecer piada, mas este é o homem que pode definir os rumos das eleições no Brasil este ano. Mesmo que não vença, o Jair Bolsonaro é capaz de arregimentar votos suficientes para servir como peso num segundo turno e ajudar aqueles a quem ele se aliar. Eu não consigo aceitar que se dê tanto poder para um homem com tantas questões abertas e tantos fatos odiosos acerca de sua vida pública.<br />
<br />
<b>Eu não posso tolerar o sr. Jair Messias Bolsonaro.</b>Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-86254141165439372512018-01-09T11:34:00.001-02:002018-01-09T11:35:04.836-02:00O Facebook é o seu pior inimigo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwREnkoj84dipERExkKTGT1FccB99a7aYysgNxx9qjLe-_UqQvqfvCPFlKXhov0MelWQK2QX5wc9WqUgpCSMKola3Q2Sr01ElkgrZOnJamnZEQV4mRKsN6JC5zgn03M3TuS2SqHA/s1600/rs_560x415-150415104200-560-facebook-dislike-button.jw.41515.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="560" data-original-width="560" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwREnkoj84dipERExkKTGT1FccB99a7aYysgNxx9qjLe-_UqQvqfvCPFlKXhov0MelWQK2QX5wc9WqUgpCSMKola3Q2Sr01ElkgrZOnJamnZEQV4mRKsN6JC5zgn03M3TuS2SqHA/s200/rs_560x415-150415104200-560-facebook-dislike-button.jw.41515.jpg" width="200" /></a></div>
Às vezes eu acordo e gosto de lembrar de uma época mais simples. Não estou falando de tecnologia - eu amo a tecnologia. Adoro celulares, aparelhos, apetrechos diversos. Todo tipo de bugiganga me fascina. Estou falando de quando a gente conversava sobre política, entre outras coisas.<br />
<br />
"Mas que absurdo" alguns dirão. "Eu falo sobre política todos os dias, me informo, não fico alienado." Bem meu camarada, se acha que entrar no Facebook diariamente é o suficiente para isso, tenho uma péssima notícia para te dar. <br />
<br />
<a name='more'></a>O Facebook manipula descaradamente as informações que chegam em você e também <a href="http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/06/em-experimento-secreto-facebook-manipula-emocoes-de-usuarios.html" target="_blank">a forma como você utiliza o site</a>. Isto aqui é um blog, não é um jornal que exige referências, mas ainda assim elas são fartas. <a href="https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/13/tecnologia/1510527764_433049.html" target="_blank">Que tal confiar na opinião daqueles que estavam lá desde o início</a>?<br />
<br />
O lance é o seguinte: o Facebook é que decide o quê você vai ler. Quando vai ler. Até mesmo "como" vai ler. Nós já sabemos que a ferramenta abastecida à base de cliques de dopamina entre seus usuários escolhe qual conteúdo você receberá e claro, quem pagar pela propaganda terá mais retorno.<br />
<br />
Durante cerca de um ano eu <a href="https://coelhosninjas.com/" target="_blank">escrevi para o site dos Coelhos Ninjas</a> e lembro que não foi nem um pouco desafiador entender como maximizar o alcance dos nossos posts e público-alvo. Bastava pagar por isso. E pior, foi no mesmo momento que percebi que quando se você pagar ao Facebook para ganhar seguidores ("promover sua página"), receberá uma legião de perfis falsos e/ou "bots".<br />
<br />
Um amigo pessoal meu que é publicitário, designer e empreendedor já me bateu a real quanto a isso: o número de seguidores numa página em redes sociais é uma questão de "status". E para piorar, o algoritmo do Facebook só permite que as postagens de uma página (ou indivíduo) só alcance um percentual do seu total de seguidores. Isso é o mais triste: quanto mais seguidores, mais chances de que as pessoas leiam o que você escreve ou quer repassar.<br />
<br />
Em redes sociais deste tipo, filtrada e manipulada, sua opinião vale tanto quanto uma nota mofada de Cruzado Novo. Até por que "aquela descarga boa" de dopamina de quando alguém curte algo teu tem que ser dosada, controlada. Caso contrário, as coisas podem sair dos trilhos não é verdade?<br />
<br />
Quando usamos um site como o Facebook, Instagram, Twitter ou coisa que o valha, como única fonte de referências, informações e notícias, estamos limitando a nossa visão, estamos encurtando nosso alcance. E é por isso que precisamos urgentemente parar de falar sobre política no Facebook. Quando achamos que esta malfadada rede social é um espaço de congregação política, uma acrópole onde a vida na <i>polis </i>pode ser discutida, que é uma arena para debate... É aí que começa a morrer a esperança.<br />
<br />
Acredite em mim quando digo que você não quer que sua opinião política seja manipulada por quem tem mais dinheiro para pagar pela divulgação de sua própria página, ou de suas postagens. Não me interessa sua posição no espectro político, todos somos manipulados e achacados diariamente enquanto continuarmos usando o Facebook como arena para o certame.<br />
<br />
E é por isso que eu sigo com o sentimento de que 2018 será um ano terrível, mas continuo com a esperança de que 2019 seja um ano melhor, pois será o primeiro ano desde 1988 onde o Sr. Jair Bolsonaro não mamará nas tetas do governo e no dinheiro dos nossos impostos - nem como presidente, nem como deputado, na verdade não será nada. Será apenas mais um desempregado.<br />
<br />
Menos Facebook, mais amor, gente. E menos Bolsonaro nas vidas de todos.Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-25840948514242883252018-01-02T20:02:00.000-02:002018-01-02T20:03:35.224-02:00O Sentido da Vida?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHMdlFS4XgBlnV_9_hGqibPx2cZu130O6jiiGL8fQoCWfWciSBIAauO8jfB_9gG0tEtXmFqwnQCxlRjum8n0c8gVFO3aq2qZq3QpOlFlVNL-fmhwrGvJbBfLzNl84noLV1hWMYXA/s1600/42.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="540" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHMdlFS4XgBlnV_9_hGqibPx2cZu130O6jiiGL8fQoCWfWciSBIAauO8jfB_9gG0tEtXmFqwnQCxlRjum8n0c8gVFO3aq2qZq3QpOlFlVNL-fmhwrGvJbBfLzNl84noLV1hWMYXA/s200/42.jpg" width="200" /></a></div>
Há milênios que a humanidade se faz uma pergunta, simples na forma e aparentemente impossível na resposta: qual é o sentido da vida?<br />
<br />
Acho que finalmente entendi que o problema não é a resposta, mas sim a pergunta. O próprio Douglas Adams brincou com isso, com a "resposta" para a "pergunta fundamental" para a vida, o universo e tudo mais.<br />
<br />
<b>42</b>. A resposta é 42.<br />
<a name='more'></a><br />
Desculpem pelo <i>spoiler</i>, mas <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Hitchhiker%27s_Guide_to_the_Galaxy" target="_blank">os livros já estão aí há décadas</a> e o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Hitchhiker%27s_Guide_to_the_Galaxy_(filme)" target="_blank">filme há quase 13 anos</a>.<br />
<br />
42. Mas não é só isso. Creio que o que o Doug Adams tentou fazer é mostrar como "A Pergunta" é algo absolutamente irrelevante. Nós passamos anos, quiçá a vida inteira, tentando entender por quê estamos aqui, qual é o sentido disso tudo. Por quê sentimos dor. Por quê amamos. Por quê precisamos passar por isso tudo.<br />
<br />
Não há mais tempo a perder. A pergunta é irrelevante, o formato menos ainda. O que é genuinamente importante é se perguntar:<br />
<br />
Qual é o objetivo da vida?<br />
<br />
Pergunta à qual eu só tenho uma resposta:<br />
<br />
Sobreviver.Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8496774.post-50727543431787730942017-12-01T16:20:00.000-02:002017-12-05T19:41:02.337-02:00Ferida que não cicatriza<span style="font-size: x-small;"><i>(Este poema não é meu, "roubei" da minha amiga do "<a href="http://raiodeliberdade.blogspot.com.br/2017/11/ferida-que-nao-cicatriza.html" target="_blank">Um Trovão Me Anuncia</a>" - mas rolou uma identificação forte)</i></span><br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
guiada venho sendo<br />
desta vez, pelo sol.<br />
seus feixes de luz<br />
atravessam minhas entranhas<br />
despedaçam minha pele<br />
<br />
<a name='more'></a>sinto-me em brasas<br />
ateiam-me fogo<br />
por todos os lados.<br />
à altas temperaturas,<br />
vou sendo submetido.<br />
<br />
medo não habita<br />
em um pássaro-do-sol-devir<br />
que aguarda ansiosamente<br />
por seu renascimento<br />
<br />
deixo-me arder por completo<br />
e, esbanjando minha combustão<br />
voarei por toda a eternidade<br />
até encontrar quíron<br />
e num encontro mágico<br />
estão fundidos,<br />
a fênix e o <b>curador-ferido</b>.</blockquote>
Bart Rabelohttp://www.blogger.com/profile/00820123640107722860noreply@blogger.com0