08/12/2012

Famílias de pequenos e grandes


Eu e minha esposa temos gatos. Três para sermos exatos; na foto acima, da esquerda para a direita: Fera, Chico e Pixie. A Pixie foi comprada, o Fera é filho dela e o Chico foi retirado das ruas. Hoje os três vivem em relativa harmonia e fazem parte da nossa pequena, porém feliz família. Se há uma coisa que eu tenho certeza na vida é que daqui a muitos anos (espero), outros gatos serão adotados por nós e terão um lar, uma família. Sequer imaginar a morte de um deles já é doloroso.

Creio que seja assim com todos os animais de estimação. Cães, gatos, chinchilas, não interessa. Uma vez que você recebe um animal em sua família, cuida dele, dá carinho, atenção e amor, ele é família. Entretanto no caso específico dos gatos, eles tem um índice de rejeição muito alto. É grande a quantidade de pessoas que odeiam gatos sem qualquer motivo aparente. "Por que sim", "eles são traiçoeiros", "gatos não gostam de ninguém". Grandes mentiras. Gatos, assim como todo animal de estimação, se adaptam à personalidade dos seus donos, se adaptam ao meio no qual vivem. Assim como cachorros. Se você tratar um rottweiler com violência, um dia terá uma máquina assassina em casa. Se tratar um rottweiler com carinho e atenção, terá um dos melhores cães ao seu lado por muitos anos. Mas eu particularmente gosto de gatos, como pode ser conferido aqui e aqui.

Ontem a gata de uma das minhas melhores e mais queridas amigas foi morta por cachorros. Não vou entrar em detalhes por respeitar a privacidade dela, mas foi uma situação muito triste, inesperada e infeliz. Eu estava trabalhando quando recebi a notícia e compartilhei a história com uma amiga que também adora gatos enquanto tomava um café. Um dos nossos funcionários, se metendo na conversa, virou pra mim e disse: "mas é pra isso que gato serve mesmo, ser brinquedo de cachorro."

Não dava pra acreditar que ele falou aquela asneira, uma pessoa que nem me conhece direito. A falta de empatia do cara, ao não perceber que eu estava visivelmente chateado com o ocorrido, ou simplesmente o fato de que ele não se importa, pode dizer muito (psicólogos, analisem isso). Mas tive que manter uma postura e não responder nada para ele, visto que estava num ambiente profissional e este tipo de discussão não deve ser tomada lá. Se estivéssemos na rua tomando um chopp, eu humilharia o desgraçado até ele pedir desculpas.

Se você conseguiu a proeza de ler este texto e não gosta de gatos ou de animais em geral, peço um favor: pense um pouco antes de agredir seus amigos e conhecidos que os têm em suas famílias. Ninguém gosta de ouvir ofensas sobre seus familiares e é isso que nossos animais de estimação são para nós: entes queridos e importantes.

P.S.: após a publicação, percebi que este é o post de número 200 do meu blog. Fico feliz que tenha sido sobre um assunto relevante, mesmo que poucos venham a lê-lo.

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